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Acordo para reposição de aulas não está sendo cumprido, afirma presidente do Siteam

A dois meses de um longo período de greve em prol do ajuste salarial do corpo docente de Manaus, a presidente do Siteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas), Ana Cristina Rodrigues, afirma ter recebido várias denúncias sobre o descumprimento do calendário de reposição das aulas nas escolas onde houve greve em maio deste ano. Na manhã desta última quinta-feira (4), em reunião no CEE (Conselho Estadual de Educação), a Presidente do sindicato disse que houve quebra de acordo.

Conforme Cristina, acordos feitos pelos professores com as diretorias das escolas para a não execução de reposição das aulas, estariam prejudicando os estudantes. Ainda segundo a presidente, alguns dos professores que fizeram greve estão sendo liberados pelos gestores, o que traz prejuízo aos alunos.

Os professores terem apoio da Seduc para esse tipo de ação, é ainda mais grave, afirma a presidente do Sindicato.
“Se dessa forma eles acreditam que vão impedir uma possível greve no ano que vem, quando fazem esses acordos e beneficiam alguns professores, o que podemos dizer é que talvez isso piore o clima entre os trabalhadores e o governo”, declarou.

Foi solicitado ao Conselho por uma comissão de professores, blitz para comprovação das denúncias. Já que a representante da ouvidoria do CEE admitiu haver inúmeras queixas sobre o caso.

O Acordo

Um dos itens do termo de entendimento firmado durante a greve dos professores entre o Sinteam, ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) e Governo do Estado se referia à organização de um calendário único de reposição de aulas nas escolas onde aconteceu paralisação total ou parcial, o que, segundo Ana Cristina, não está ocorrendo.

Seduc

Em nota, a Secretaria de Educação informa que o calendário de reposição de aulas tem que ser cumprido. Confira a nota na íntegra.

A Secretaria de Estado de Educação informa que tem total interesse na participação do Ministério Público do Estado (MPE-AM) no processo de fiscalização do cumprimento do calendário especial de reposição de aulas. O calendário, inclusive, foi apresentado para a 59ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Educação (Prodhed) logo que definido. Assim como o MPE-AM, já fazem parte da comissão de fiscalização membros da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), do Conselho Estadual de Educação (CEE) e da Seduc-AM.

Vale destacar que a Secretaria reconhece problemas com as aulas de reposição que foram causados principalmente pela baixa adesão dos alunos em algumas escolas. Dessa maneira, informa que tem reforçado não só a fiscalização, mas também a mobilização de pais e alunos para que estes se façam presentes nos dias marcados para reposição, uma vez que a ausência dos alunos representa falta e perda de conteúdo. Para a Seduc-AM, o sindicato inclusive pode contribuir na fiscalização e mobilização.

Todas as denúncias do não cumprimento estão sendo compartilhadas e apuradas com o objetivo de se fazer cumprir o calendário especial de reposição para as escolas que tiveram as atividades paralisadas total ou parcialmente durante o período de greve. As denúncias também podem ser feitas por meio das Coordenadorias Distritais de Educação e Ouvidoria desta secretaria.

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