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Arthur Virgílio diz ser contra nova CPMF

Arthur Virgílio diz ser contra nova CPMF

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu ampliar o debate em torno do que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chama de “imposto digital”. Crítico da proposta de Guedes, o ex-prefeito Arthur Virgílio (PSDB), afirmou ao Direto ao Ponto que o tributo sobre transações digitais – uma nova versão da CPMF – é uma péssima ideia.

Arthur que em 2007, era senador e líder de bancada do PSDB, foi o grande articulador no Congresso Nacional para pôr fim a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que retirava R$ 40 bilhões do bolso da população em imposto para os cofres do governo federal.

“Falar em imposto novo quando se está preparando uma reforma que visa extinguir ou reduzir o número de impostos, abaixar a carga tributária, é complicado. Eu entendo que, tendo um déficit primário que é receita menos despesa igual ao superávit ou o déficit – no caso é um déficit de mais ou menos um trilhão de reais – o Brasil precisa de receitas”, escreveu Arthur.

Segundo Arthur, ele chegou a sugerir ao Ministro Paulo Guedes, privatizar e vender empresas que não servem para nada.

“Aquelas que podem ganhar valor de mercado é investir para vendê-las. Tem um terceiro andar de empresas estatais prontas para serem vendidas, por que não vendê-las? […] Isso daria uma soma de dinheiro muito grande para resolver essa dificuldade fiscal do Brasil nesse momento”, salientou Arthur dando exemplo da Eletrobrás e da Petrobras.

Na opinião do ex-prefeito, que ainda tem um pouco de dúvida sobre o imposto digital, afirma que não quer discutir se é bom ou não, porém afirmou que a CPMF era um péssimo imposto, aumentava o custo do Brasil porque cada peça, cada parte de um produto era pago com um cheque e era tributado.

“Então, entendo que isso deve ser feito, assim como entendia que as ajudas aos carentes nessa fase da pandemia seriam mais fartas e mais tranquilas se ao invés de aprofundarem o déficit do Tesouro pegassem os juros dos investimentos das reservas cambiais brasileiras, que montam hoje a mais ou menos 360 bilhões de dólares, os juros referentes às aplicações financeiras deveriam ser jogados no social”, salientou Arthur que disse ser contra em mexer nas reservas cambiais, mas apenas nos juros das aplicações dessas reservas.

“Imagine, 10% de 360 bilhões é 36 bilhões, 5% é 18 bilhões, 2,5% é 9 bilhões de dólares, multiplica esses nove vezes 6, dá 54 bilhões de reais, que é bem mais que os 45 bilhões que o presidente Bolsonaro acertou como contribuição social. Então, em princípio, eu não me coloco a favor por entender que a ideia central é a de que estamos tentando fazer uma reforma tributária que visa diminuir o número de impostos e ao mesmo tempo que se enuncia isso se está aumentando o número de impostos, e tem essas razões todas aí”, concluiu Arthur.

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