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Chico Preto impede Prefeitura de mexer no dinheiro do Fundeb

Chico Preto impede Prefeitura de mexer no dinheiro do Fundeb

Por intervenção do vereador Chico Preto (Democracia Cristã), os parlamentares da base de apoio ao prefeito Arthur Neto (PSDB) decidiram não mexer no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), após o Executivo encaminhar à Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (10), a Mensagem 409/2019, que previa retirar R$ 6 milhões do Fundeb para custear a passagem de transporte coletivo dos estudantes da cidade.

A matéria chegou à Câmara Municipal de Manaus (CMM) pela manhã e foi aprovada em menos de uma hora em três comissões (Constituição, Justiça e Redação; Finanças; e Transporte). Pela parte da tarde foi apreciada pelo plenário. Para que a manobra fosse feita, o presidente da Casa, vereador Joelson Silva (PSDB), suspendeu a sessão por 60 minutos.

Um outro projeto do Executivo, o de número 408/2019, também começou a tramitar no parlamento nesta terça-feira. Nele, a Prefeitura concede subsídio de R$ 22 milhões em dezembro e R$ 10 milhões em janeiro às empresas de ônibus, com o intuito de garantir o pagamento dos salários e 13º dos trabalhadores do sistema de transporte da cidade.

De acordo com o vereador Chico Preto, o subsídio neste momento é o único caminho para evitar o caos, provocado pela negligência na gestão do transporte coletivo nos últimos anos, uma vez que os trabalhadores podem ser prejudicados. No entanto, ele destacou que o desejo de tirar recursos do Fundeb foi mais um equívoco da Prefeitura.

“Eu alertei os vereadores sobre essa questão. Mexer com o dinheiro da educação não é o caminho e eu jamais aceitaria isso. Eles entenderam e vão fazer uma emenda para que o dinheiro saia do caixa próprio da Prefeitura”, explicou o parlamentar, destacando, ainda, que votou favorável à concessão de subsídios pela necessidade atual, mas que não exime o prefeito Arthur Neto da culpa pelo caos instalado no sistema.

“Esse é o tipo de projeto que você fica entre a cruz e a espada. Há um risco dos servidores não receberem seus pagamentos e a consequência social e econômica disso para a cidade seria terrível, mas há também a indignação de ter que tirar dinheiro de outras áreas para tapar o buraco do transporte, que chegou a esse ponto por falta de gestão. A culpa é do sistema de transporte e da gestão da Prefeitura, que não conseguem identificar onde estão os furos e os rombos”, afirmou.

“Meu voto favorável em nenhum momento é uma sentença de absolvição do Arthur, que na justificativa do projeto alega que a licitação do sistema foi feita numa gestão anterior à sua, mas que na verdade faz uma mea-culpa, porque em sete anos de mandato já daria tempo de ajustar isso. Há uma clara falta de compromisso da Prefeitura com essa problema. A Prefeitura é irresponsável nesta questão”, finalizou.

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