Decreto de IPI será ajustado até final do mês, garante Wilson Lima, após reunião com Bolsonaro
O governador Wilson Lima (PSC), garantiu nesta quarta-feira, (9), após reunião com o presidente Bolsonaro (PL), e o Ministério da Economia (ME), que o decreto de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), será reajustado e republicado até o final do mês, para que produtos que possuem seu Processo Produtivo Básico (PPB), não sofra redução de IPI, gerando competitividade para as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), e preservando cerca de 400 mil empregos dos amazonenses.
“As pessoas responsáveis pelo reajuste já estão trabalhando nisso. Os técnicos da Secretaria de Fazenda (Sefaz), do Ministério da Economia e da Industria, para que ainda esse mês o decreto seja publicado com essa alteração. A assinatura desse decreto acontecerá lá em Manaus, o presidente já se comprometeu, e essa assinatura deve ser feita ainda esse mês”, garantiu o governador.
O encontro restrito aconteceu no Palácio do Planalto, e contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento, e o pré-candidato ao Senado, Alfredo Menezes (Sem partido), que também é o ex-superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (ZFM) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva.
A promessa foi feita no dia em que o decreto que prejudica frontalmente a competitividade do modelo ZFM completa 13 dias. Nesta terça-feira (9), a bancada parlamentar do Amazonas no Congresso Nacional protocolou o terceiro Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para tentar derrubar o decreto presidencial.
O movimento de teor mais confrontativo foi uma resposta política da bancada para a falta de um canal de discussão entre os parlamentares e o presidente. O decreto de redução do IPI foi publicado no último dia 25 de fevereiro, numa sexta-feira de carnaval.
No dia seguinte, em uma entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro confrontou os senadores Omar Aziz (PSD) e o senador Eduardo Braga (MDB) para um encontro “educado” para falar sobre o decreto. Na mesma entrevista, o presidente chamou os dois senadores de “medíocres”.
Omar reagiu e disse que topa conversar com Bolsonaro na hora e no lugar que o presidente quiser. Aziz chegou a anunciar que pediu para a assessoria dele entrar em contato com a assessoria presidencial para marcar uma data para o encontro