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Deputado é preso sob suspeita de ordenar sequestro de jornalista em Roraima

Deputado é preso sob suspeita de ordenar sequestro de jornalista em Roraima

O deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Jalser Renier (Solidariedade), foi preso de forma preventiva nesta sexta-feira (1º) na cidade de Boa Vista (RR), por suspeita de ser o mandante do sequestro do apresentador e jornalista Romano dos Anjos, que trabalha na TV Imperial, afiliada da Record TV.

O pedido de prisão preventiva foi decretado pela juíza do Poder Judiciário de Roraima Graciete Sotto Mayor Ribeiro. As investigações estão sob sigilo da Justiça.

Durante a prisão foram ouvidos gritos exaltados do parlamentar falando que “isso é um abuso”. O caso deve ser analisado pela Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) já que, como deputado, ele possui imunidade parlamentar.

Além do deputado, foram presos três PMs, os coronéis Natanael Felipe de Oliveira Júnior e Moisés Granjeiro de Carvalho e o sargento Bruno Inforzato Oliveira Gomes, acusados de participação no crime.

O crime

O jornalista foi sequestrado em sua casa na noite de 26 de outubro do ano passado em Boa Vista e localizado vivo, com o braço quebrado e lesões nas pernas, na manhã do dia seguinte. Jalser Renier foi apontando pelo delegado João Evangelista como mandante do crime.

Segundo o delegado, apurações preliminares indicaram que o sequestro foi “motivado por vingança ou represália ao modo de atuação jornalística, tendo em vista que a vítima realizou diversos ataques e críticas ao trabalho do então presidente da Assembleia”.

“Conforme levantamentos realizados em redes sociais, arquivos da imprensa e registros da mídia em geral, Romano dos Anjos tornou-se uma ‘pedra no sapato’ do parlamentar estadual Jalser Renier e as críticas do jornalista se acentuaram no período de setembro e outubro de 2020, em programas de rádio e tv”, diz trecho do inquérito.

No inquérito, o delegado afirma que Jalser Renier também liderava uma organização criminosa dentro da Assembleia Legislativa, com participação, em grande parte, de policiais militares conhecedores de técnicas policiais e de inteligência policiais. Eles eram lotados na Casa.

Em nota, a defesa do deputado, que nega envolvimento no crime, alegou se tratar de “uma decisão política que tem como pano de fundo a tentativa de manipulação da opinião pública em plena véspera do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Roraima”.

*Com informações do G1 e O Antagonista

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