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Ex-servidor de Maués acusa Júnior Leite de ameaça por denunciar fraudes no uso do Fundeb no município

O prefeito de Maués, Junior Leite ( Pros), está sendo denunciado por um ex-servidor do município de ameaça de morte após ter denunciado fraudes nas licitações da prefeitura, envolvendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Leite também é presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM).

O Ministério Público Federal (MPF) está apurando as denúncias contra suspeita de desvios do Fundeb desde o dia 7 de Maio, quando o caso foi apresentado por Ronaldo Duarte Júnior, na sede do MPF.

O caso levou a nomenclatura de ‘Notícia de Fato’, com o número 1.13.000.001537/2019-00 e, em seguida, foi transformada em ‘Procedimento Preparatório’. Quem atua na investigação é o procurador da República, Thiago Augusto Bueno.

Em depoimento, o ex-funcionário público explica que após o prefeito descobrir as denúncias, enviou uma mensagem para ele, para participar de uma reunião no gabinete do prefeito, na sede da Prefeitura de Maués. Na conversa com o prefeito, Ronaldo afirmou que ouviu do interlocutor que ele foi instruído a dar “fim” nele, o que o ex-servidor entendeu ser uma ameaça de morte.

“Muitas pessoas querem ceifar minha vida, e ele [Júnior Leite] tem amigos que podem me dar sumiço”, afirmou o ex-servidor, prometendo não retroceder nas acusações. “O prefeito quer fazer a denúncia se voltar contra mim, dizendo que eu fiz um desvio de R$ 500 mil, mas eles é que cometeram o crime”, completou.

Denúncias

No Ministério Público Federal, as denúncias relatadas por Ronaldo Duarte foram tipificadas como ‘fraude em licitação’ e ‘corrupção ativa e passiva’. Ao divulgar as irregularidades, o ex-servidor da Prefeitura de Maués dá detalhes de números de atas de registro de preços, identifica pregões eletrônicos e empresas suspeitas.

O esquema contava com a participação de Ronaldo, que, segundo ele, cumpria ordens da mulher de Júnior Leite, a secretária municipal de Obras da cidade, Solange Rocha. Segundo Ronaldo, os saques da conta do Fundeb ocorriam mediante a ordem de pagamento para empresas de materiais de construção, que não faziam as entregas nas obras das escolas.

Ele disse, ainda, que a Prefeitura de Maués divulgou que fez obras em 44 escolas da zona rural, mas somente 20 escolas receberam efetivamente os serviços. Nas demais 22 unidades, Ronaldo afirmou que as obras não foram realizadas ou foram feitas de forma parcial, mas os serviços constam como pagos.

Procurado pela reportagem para se manifestar sobre as denúncias de desvios no Fundeb envolvendo ele e a mulher, além das ameaças de morte contra um ex-servidor municipal, o prefeito de Maués, Júnior Leite, limitou-se a dizer “que nunca ameaçou ninguém, funcionário ou não”.

 

(*) com informações D24AM

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