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Justiça manda empresa resolver derramamento de óleo no Rio Amazonas

Justiça manda empresa resolver derramamento de óleo no Rio Amazonas

A Justiça ordenou à empresa Hermasa Navegação da Amazônia que resolva imediatamente o derramamento de óleo em grandes quantidades no Rio Amazonas. Conforme decisão da 3a Vara da Comarca de Itacoatiara (a 236 quilômetros de Manaus), a empresa será multada em R$ 100 mil por dia caso a ordem não seja cumprida. A decisão atende Ação Civil Pública do MP-AM (Ministério Público do Amazonas).

Segundo a decisão judicial, a Marinha do Brasil já havia notificado a empresa pelo mesmo problema. “Nota-se, a priori, que os fatos alegados são reais – e gravíssimos! – e as provas são robustas no sentido de indicar o evento danoso ao meio ambiente”, diz o texto da liminar.

A promotora de Justiça da 3a PJ de Itacoatiara, Tânia Feitosa, informou que o problema foi relatado pela Defensoria Pública local que, por sua vez, recebeu denúncia anônima informando a que a empresa estaria jogando o óleo no rio. Instalada uma Notícia de Fato, a promotoria de Itacoatiara reuniu fotos e vídeos mostrando que grandes manchas de óleo já teriam atingido o rio Madeira.

Não há definição da extensão dos danos ao meio ambiente. Mas o juiz Rafael Almeida Cró Brito, que concedeu a liminar, alerta que “o fato da contaminação ocorrer no Rio Amazonas causa ainda mais gravidade, eis que trata-se de um rio de extensões interestaduais: a poluição realizada no Rio Amazonas, aqui em Itacoatiara, tem efeitos deletérios em todas as cidades do Médio Amazonas e os municípios do estado do Pará, além de contaminar os seus afluentes, como o Rio Madeira, que banha cidades como Nova Olinda do Norte, Autazes, Borba e demais”, escreveu o magistrado.
Com os argumentos apresentados pela Promotoria, a decisão judicial determina a cessação imediata do descarte de óleo no meio ambiente, especificamente no rio Amazonas e seus afluentes. A pena estipulada pelo não cumprimento da decisão incorrerá diretamente nos gestores da empresa em crime de desobediência. A suspensão das atividades da empresa não foi prevista na liminar, mas também não foi descartada.

Os meios de comunicação, em especial das emissoras de rádio locais, deverão receber notícia oficial da decisão para que conclamem a população para que denunciem “se notarem ou tomarem conhecimento de que a empresa ou qualquer uma de suas filiais ou terceirizadas continuam a poluir o Rio Amazonas e seus afluentes com descarte de óleo ou qualquer outro produto que degrade o meio ambiente, fazendo inclsive, se possível for, registro fotográfico, a fim de fiscalizar o fiel cumprimento desta medida cautelar”.

A secretaria de meio ambiente de Itacoatiara também deverá ser informada oficialmente para que tome as medidas cabíveis. A Polícia Civil também foi acionada para que instaura inquérito civil para apurar a responsabilidade por esse descarte feito pela empresa.

(*) com informações Amazonas Atual

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