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Operação Bilhete Premiado mira ex-auxiliares de David Almeida

Operação Bilhete Premiado mira ex-auxiliares de David Almeida

Na manhã desta terça-feira (18), o Ministério Público do Estado (MP-AM) deflagrou, a Operação Bilhete Premiado, em Manaus. Mandados de busca e apreensão estão sendo realizados nas residências do coronel PM Nilson Cardoso e do advogado José Júlio César Corrêa.

A operação visa aprofundar as investigações relacionadas aos crimes de tráfico de influência, fraude e dispensa indevida de licitações, envolvendo a contratação da empresa EZO SOLUÇÕES INTERATIVA pela Superintendência de Habitação do Amazonas (SUHAB), no valor de R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), ainda no ano de 2017. Os alvos das medidas são ex-diretores das SUHAB.

Os dois foram diretores da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) durante o governo interino do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, David Almeida (Avante).

O MP-AM investiga se os referidos agentes públicos intervieram para a contratação ilícita da empresa EZO SOLUÇÕES INTERATIVA, sem respeitar as regras procedimentais adotadas pelo Estado (dispensa indevida de licitações) e os trâmites burocráticos do contrato. Um balanço geral da ação deve ser divulgado ainda hoje.

Pelo contrato, a Ezo deveria realizar serviços de recuperação de valores junto à carteira do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), gerido pela Caixa. Indicando patente nulidade da contratação, entretanto, a Caixa Econômica manifestou que não há qualquer direito a crédito no referido caso para a SUHAB e o Estado do Amazonas e, ainda assim, mesmo sem qualquer resultado eficaz, a empresa se considera credora do Estado do Amazonas e da SUHAB no valor de aproximadamente 5 (cinco) bilhões, devido ao contrato fraudulento.

A Ezo informou ao então governo que identificou R$ 27 bilhões em favor do Amazonas no FCVS. Pelo contrato, o Estado deveria pagar 20% do valor descoberto, ou seja, R$ 5 bilhões. Júlio Corrêa, que atuou como advogado da empresa, alegou ter direito a R$ 200 milhões desse montante. Os pagamentos foram suspensos pela Justiça.

Durante a execução da medida, as equipes do GAECO e da Polícia Civil apreenderam documentos, computadores portáteis, smartphones e tablets que já estão sendo periciados, bem como estão sendo ouvidas na sede do Ministério Público pessoas que possam ter envolvimento com os crimes investigados na operação.

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