Você está visualizando atualmente Operação da PF mira deputado Saullo Vianna por suspeita de lavagem de dinheiro

Operação da PF mira deputado Saullo Vianna por suspeita de lavagem de dinheiro

Operação da PF mira deputado Saullo Vianna por suspeita de lavagem de dinheiro

Na manhã desta segunda-feira (23), a Polícia Federal (PF) deflagrou, com o auxílio da Controladoria-Geral da União, a Operação Ponto de Parada, com quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. O principal alvo da operação é o deputado estadual Saullo Vianna (PTB).

Segundo informações preliminares obtidas pelo A Crítica, os crimes investigados aconteceram em 2017, antes do atual mandato do deputado. A investigação aponta que naquele ano, houve licitação em Presidente Figueiredo para fornecimento de merenda escolar. A empresa de Saulo era uma das concorrentes, mas ele era sócio oculto da empresa que ganhou a licitação.

Em nota, a Polícia Federal informou que foi deferido judicialmente, também, o sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 13.000.000,00 (treze milhões de reais).

Ainda de acordo com a Polícia Federal, ficou constatado ainda que a empresa vencedora da licitação em Presidente Figueiredo subcontratou, de maneira integral, os serviços de transporte escolar. Na ocasião, ela recebeu o montante de R$ 12.989.072,99 e gerou um superfaturamento por sobrepreço no serviço de, aproximadamente, R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais).

A Polícia Federal identificou que o grupo investigado realizou saques e movimentações de elevadas quantias em espécie, à margem do Sistema Financeiro, a fim de encobrir os lucros obtidos com a prática criminosa. A PF investiga, também, a participação de um empresário que atuava na cadeia de comando, auxiliado por membros da família, sendo um dos beneficiários diretos dos desvios praticados pela empresa investigada.

Saulo está sendo investigado pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, associação criminosa, entre outros. Ele não foi preso devido o foro privilegiado.

Em dezembro de 2018, Saulo foi preso em uma operação que investigava esquema de corrupção passiva e violação de sigilo funcional com o fornecimento de informação privilegiada de dentro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF), informou que Saulo estava sendo investigado por crimes de corrupção e de associação criminosa. Ele ficou preso durante cinco dias no Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II).

Os indiciados na operação desta segunda-feira poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

Deixe um comentário