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‘Ou o presidente retrocede ou levará o Brasil a uma posição extrema’, diz Arthur Virgílio

‘Ou o presidente retrocede ou levará o Brasil a uma posição extrema’, diz Arthur Virgílio

O presidente do PSDB-AM, o ex-prefeito de Manaus e ex-senador, Arthur Virgílio Neto, pediu que o partido acompanhe com atenção e olhar de futuro o atual momento político do país. “Minha impressão é que ou o presidente retrocede ou terminará levando o Brasil a uma posição extrema”, ponderou Arthur. O posicionamento foi feito durante reunião extraordinária da Comissão Executiva Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), realizada nesta quarta-feira (8), com a participação virtual de deputados federais, senadores e lideranças, para deliberar sobre um possível pedido de processo de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Para Virgílio, o presidente erra ao insistir no confronto com as instituições. “As regras democráticas estão postas e o país tem uma posição nítida pela democracia, considerando a opinião das Forças Armadas, de uma parte essencial do Congresso Nacional, da Suprema Corte e da opinião pública. O presidente não pode imaginar que pela força e atos de prepotência vai chegar a um resultado positivo. Não chegará”, disse.

Na avaliação do diplomata, com 43 anos de vida pública, para se pedir o impedimento do presidente, três pré-requisitos são necessários. “Primeiro, é preciso absoluta desorganização do governo; segundo, absoluta distância desse governo do seu povo; por fim, uma completa desorganização da economia, que não vai bem, para que as condições do impedimento estejam postas”, enumerou Arthur, ao afirmar que tem procurado ser moderado, mas que está extremamente preocupado com o cenário nacional.

“Bolsonaro está desarmado de pessoas e ajudas fundamentais para que possa se guiar pelo caminho da priorização da resolução dos problemas brasileiros, como a crise hídrica, a inflação, o desemprego, a degradação da Amazônia e até o restauro do prestígio da diplomacia brasileira no quadro internacional. Enfim, a situação é grave e parece que ele não vai mudar, mas o Brasil vai mostrar que seu povo é alheio a qualquer vocação ditatorial”, declarou Virgílio.

Por fim, elogiando a postura do diretório nacional do partido, presidido por Bruno Araújo, Arthur alertou os demais membros sobre a importância histórica do PSDB na política nacional e sobre marcar seu lugar no futuro político do país. “O PSDB é um partido com responsabilidades imensas e com vocação para o poder. Não podemos ser um partido que ouve só nossas próprias vozes, precisamos ouvir as vozes uns dos outros e construir uma unidade, pois é dela que vamos chegar à Presidência ou ajudar alguém a chegar lá, alguém que seja capaz de tocar um projeto de reformas ao nosso lado”, concluiu Virgílio.

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