Você está visualizando atualmente Pelo 5º ano seguido Brasil piora sua posição no ranking de percepção a corrupção

Pelo 5º ano seguido Brasil piora sua posição no ranking de percepção a corrupção

Pelo 5º ano seguido Brasil piora sua posição no ranking de percepção a corrupção

O Brasil não avançou no combate à corrupção em 2019, e a percepção de corrupção no setor público é hoje a mesma do fim do governo de Michel Temer (MDB) é o que mostra a conclusão da edição de 2019 do Índice de Percepção de Corrupção (IPC), divulgado no dia (23) pela Transparência Internacional, onde revela que o Brasil caiu uma posição no ranking mundial em relação aos demais países e territórios avaliados: está hoje na 106ª posição, empatado com a Albânia, Costa do Marfim, Argélia e Egito. Na edição de 2018, o país aparecia na 105ª posição.

Este monitoramento também marca o 5º ano seguido em que o Brasil piora sua posição em relação aos demais países: a última vez que o país avançou no ranking foi em 2014, quando chegou ao 69º lugar. De lá para cá, houve queda relativa em todas as edições.

Para o subprocurador geral para assuntos jurídicos do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Carlos Fábio Monteiro, está posição vexatório do Brasil no índice de percepção de corrupção é lamentável.

“Nós identificamos que a corrupção não parou de crescer, porque o número de ações tramitando no país de combate a corrupção não parou e nem o número de operações. A gente ver pelo MP-AM, onde temos feitos várias operações de combate a corrupção e ações continuar a chegar. Isso só confirma o índice e demonstra que infelizmente, a corrupção ainda impera de forma contundente no país”, disse o subprocurador que afirmou que o caminho natural para se acabar ou diminuir está situação caótica no país, é continuar investindo em todos os setores de combate a corrupção.

“Que pese todo o trabalho e o investimento que o Ministério Público Brasileiro (MP), inclusive o MP-AM, o Poder Judiciário Nacional, as policias federais e civis, enfim que pese investimentos em material humano, expertise, qualificação, estrutura para combater a corrupção. E está tem sido a tônica da gestão da Dra. Leda Mara Nascimento Albuquerque no MP-AM e de todos os membros que compõem a instituição é que nos participemos cada vez mais de orientações sobre políticas públicas, para evitar o máximo possível que as questões enveredem para os desvios de recursos e verbas públicas que causam um grande prejuízo a comunidade como um todo”, salientou o subprocurador.

Todo ano, a Transparência Internacional faz um levantamento em 180 países. Neste ano, foram utilizados 13 indicadores e pesquisas elaborados por diferentes instituições. Foram considerados trabalhos do Banco Mundial, do Fórum Econômico Mundial, e da publicação britânica The Economist, entre outras.

Segundo o resumo do relatório, alguns episódios contribuíram para essa percepção no Brasil. No Poder Judiciário, a Transparência Internacional citou que a “decisão do presidente do STF” de suspender investigações que usavam dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), praticamente paralisou, durante metade do ano, o sistema de combate à lavagem de dinheiro do Brasil”.

Sobre o Congresso Nacional, o texto afirma que “foram aprovadas leis na contramão do combate à corrupção, como, por exemplo, a que enfraqueceu ainda mais a transparência de partidos e o controle do uso de recursos públicos em campanhas eleitorais”.

Já a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, segundo a Transparência Internacional, abriu espaço para que pessoas poderosas, investigadas por corrupção, possam retaliar juízes, promotores e investigadores. O relatório cita ainda do fim da prisão após condenação em segunda instância.

Mas houve também alguns avanços no caminho do combate à corrupção, por exemplo: “a ampliação do efetivo da Polícia Federal com 1.200 novos agentes”, e “a recomposição das equipes dedicadas à Lava Jato em Curitiba, Rio e Brasília”.

Pelo Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que os avanços da Lava Jato não foram suficientes para melhorar o índice, cobrou ações do Congresso e defendeu a prisão após condenação em segunda instância.

“Nota no Brasil não melhorou nos últimos anos apesar dos avanços da Lava Jato e de 2019. Isso significa que precisamos fazer muito mais, inclusive no Congresso”, disse. “Um primeiro passo fundamental é retomar a execução da condenação em segunda instância por emenda constitucional ou por lei ou por ambos”, escreveu em outro trecho.”

Por fim, o estudo, revela que o país menos corrupto do mundo é a Dinamarca e o mais corrupto é a Somália.

Deixe um comentário