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‘Prefeito politizou o caso com uma versão mentirosa procurando livrar os seus’, afirma defesa de Flávio

‘Prefeito politizou o caso com uma versão mentirosa procurando livrar os seus’, afirma defesa de Flávio

Na manhã desta segunda-feira (02), a defesa da família do engenheiro Flávio Rodrigues conversou com a imprensa por meio de uma coletiva realizada no Sindicato dos Metalúrgicos, em Manaus. A defesa alega, após conclusão do inquérito que a dimensão do caso tomou proporções grandes e políticas após o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB) se pronunciar sobre o assassinato, defendendo seu enteado, Alejandro Valeiko e acusando Flávio de ser usuário de drogas e ter uma dívida por conta de um vício, motivo pelo qual houve uma suposta invasão na casa de seu enteado. Versão já contestada e desqualificada pela Polícia Civil.

Segundo a advogada Náiade, “é inevitável a gente afastar o fato de que o caso tomou uma proporção maior do que a esperada por conta do parentesco. Mas isso não foi a gente (advogados de defesa), não foi a família e até mesmo a imprensa. A proporção veio carregada naquela publicação no facebook durante a madrugada, com uma versão que atenta contra a moral de uma pessoa que não está mais aqui para se defender, e que esta versão já foi completamente desconstituída pelo depoimento dos próprios réus”, afirmou Perrone.

Segunda a defesa de Flávio, o prefeito Arthur Virgílio, na noite seguinte após o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, se manifestou de forma leviana em uma de suas redes sociais contando uma versão do que teria ocorrido na casa de seu enteado, Alejandro, no Residencial Passaredo Alejandro, no dia da morte do engenheiro.

“A casa de Alejandro foi invadida na noite do último domingo. Dois homens encapuzados, “cobrando” dinheiro a um dos presentes. Um dos meninos se trancou no banheiro e Alejandro recebeu golpe de coronha que lhe abriu a cabeça. Levaram o que queriam: o rapaz Flavio, a quem “cobravam” pagamento pelo trabalho maldito que leva pessoas à perdição (…) Sequestraram e assassinaram Flavio”, afirma o prefeito de Manaus.

Após conclusão do inquérito policial, toda as afirmações feitas pelo prefeito foram desconstituídas. Além de seu enteado, Alejandro ter sido indiciado pela morte do engenheiro, junto com os outros suspeitos que estavam na residência na noite do assassinato de Flávio Rodrigues.

“Assim como os colegas advogados, a família e boa parte da sociedade não vai permitir que o nome de Flávio seja manchado. Não é endeusar uma pessoa que não está mais aqui, mas o Flávio era uma pessoa boa. O Flávio não tinha antecedentes criminais, não tinha envolvimento com o tráfico de drogas como algumas pessoas insistentemente tentam dizer”, afirmou a defesa, dizendo que não irão admitir que justifiquem uma morte brutal.

Segundo as advogadas, a Polícia Civil no Amazonas desempenhou um trabalho excepcional com o inquérito investigativo, porém, a defesa acredita que ainda faltem pessoas para serem indiciadas.

“Todos os indiciados pela polícia realmente teriam que ter sido indiciados pela polícia […] pode ter gente faltando ali, mas sobrando não está, não. Confiamos plenamente no trabalho da polícia”, afirmou a defesa.

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