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A “hora H” e o “dia D” de Rodrigo Maia

A “hora H” e o “dia D” de Rodrigo Maia

Ontem foi um dia de cão para Rodrigo Maia. O atual presidente da Câmara, que sucedeu a Eduardo Cunha e depois acabou sendo eleito outras duas vezes, viu reduzirem e muito suas chances de fazer Baleia Rossi (MDB) como sucessor. A eleição será hoje.

O seu partido, o Democratas, após um racha que vinha se intensificando, decidiu, por unanimidade, em reunião da qual ele não participou, liberar a bancada, abandonando oficialmente o barco de Baleia.

Arthur Lira (Progressistas) já passou a noite festejando — não há ninguém no entorno dele que não acredite em vitória no primeiro turno.

Antes da reunião da executiva do DEM, Rodrigo Maia recebeu na residência oficial da Câmara o presidente nacional do partido, ACM Neto, e os deputados que defendiam o apoio a Baleia.

Segundo um interlocutor de Neto, “foi a reunião mais constrangedora do DEM”, em tempos. Maia, exaltado, disse que iria deixar o partido e repetiu sua avaliação de que a Câmara será entregue a Jair Bolsonaro, em um movimento perigosíssimo.

De volta, o presidente da Câmara ouviu que “conduziu mal” o processo de sua sucessão, “jogando parado”, acreditando que receberia o aval do STF para uma nova reeleição.

Após a reunião da executiva que tirou o DEM de Baleia, o deputado do Rio de Janeiro voltou a se reunir com o presidente de seu partido. Ainda mais nervoso, ameaçou abrir hoje, na sua despedida do comando da Câmara, um processo de impeachment de Jair Bolsonaro.

Ele disse textualmente:

“Amanhã, no meu discurso, eu vou reconhecer a existência do crime de responsabilidade. Eu vou deferir o impeachment.”

Um interlocutor, hoje cedo, ponderou a O Antagonista:

“Ontem, ele disse isso na linha do desabafo. Não sei como atravessou a noite. Foi no calor da emoção. Ele tem muito a perder fazendo isso e sabe disso. Não acho que ele vai abrir impeachment.”

Só Rodrigo Maia sabe, portanto, se hoje teremos a “hora H” do “dia D”.

Fonte: O Antagonista

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