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Brasil perde produtos da China para os EUA

Brasil perde produtos da China para os EUA

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que compras feitas pelo Brasil de equipamentos de proteção individual, como máscaras e gorros, da China “caíram” após os Estados Unidos adquirirem um grande volume de produtos. Segundo Mandetta, a mesma corrida por respiradores tem ocorrido. Ele disse que “demos um passo atrás” na aquisição desses itens fundamentais ao enfrentamento ao covid-19.

“Hoje os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros dos maiores para a China, para levar o material que eles adquiriram. As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizar para poder fazer o abastecimento, muitas caíram”, falou o Ministro.

O presidente da região de Ile-de-France, Valérie Pécresse, informou que seu país perdeu “um pedido para os americanos que nos superaram em uma remessa que tínhamos feito”.

Segundo Pécresse, as máscaras encomendadas pelos representantes franceses foram parar nos Estados Unidos após um valor três vezes maior ser oferecido à China pelas autoridades norte-americanas.

O relato de Pécresse também foi repetido pelo ministro Luiz Mandetta, e pelo primeiro-ministro do Canada, Justin Trudeau, que solicitou a investigação do suposto desvio dos itens encomendados.

Mandetta disse que, no caso de respiradores, importantes para pacientes graves, fornecedores que já tinham sido contratados, mas disseram que não tinham mais estoque para atender.

“Nós estávamos comprados, tínhamos, quando começamos a pedir. Entregaram a primeira parte. Na segunda parte, mesmo com eles contratados, assinados, com o dinheiro para pagar, quem ganhou falou: não tenho mais os respiradores, não consigo te entregar. Então, nós voltamos de algo que a gente achava que a gente já tinha, demos um passo para trás”.

O ministro voltou a falar que será preciso normatizar o uso de máscaras N95, considerada mais moderna para filtrar o ar. Segundo ele, o equipamento terá o nome de cada profissional de saúde e será esterilizada para ser usada por diversas vezes.

“A gente espera que a China volte a ter uma produção mais organizada, e a gente espera que os países que exercem o seu poder muito forte de compra já tenham saciado das suas necessidades para que o Brasil possa entrar e comprar a parte para proteger nosso povo”, finalizou.

Fonte: O Globo

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