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Cidades relatam desistências e migração de programa após edital do Mais Médicos

Profissionais brasileiros inscritos no novo edital do programa Mais Médicos começaram nesta semana a ocupar as vagas deixadas pelos cubanos, mas desistências já preocupam os municípios. Na segunda-feira (26), 224 brasileiros se apresentaram às cidades onde irão trabalhar, segundo o Ministério da Saúde.

A médica Carolina Serafim da Silva, de 27 anos, foi uma delas. Na terça-feira 27 começou a trabalhar em Votorantim (SP). Pelo menos 1.307 médicos cubanos que atuavam em 733 municípios — de um total de 8.300 profissionais da ilha — já deixaram o país, disse a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

“Encaro como uma oportunidade, pois penso em me especializar em Medicina da Família”, diz ela, que terá cerca de 4.000 moradores sob seus cuidados. A jovem, que vivia de plantões, acredita que o programa vai garantir a ela mais estabilidade. Além da bolsa de 11.800 reais, terá uma ajuda de custo de 1.800 reais para gastos com aluguel.

Na terça, a professora Claudia Ferreira, de 47 anos, foi conhecer a novata e aproveitou para medir a pressão. “Espero que tenha o mesmo pique da doutora Liliana, a cubana que nos deixou. Com ela, o atendimento melhorou muito.” Saiu animada. “Ela (Carolina) é simples como a gente, simpática. Acho que vai ser uma continuidade.”

O novo edital também tem atraído recém-formados. É o caso de Raphael Fittipaldi, que vai atuar em Ourinhos, interior de São Paulo. “Como sou da cidade, eu me coloquei à disposição para assumir de imediato a vaga”, conta ele, que pegou o diploma no primeiro semestre e começou a trabalhar na terça.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que já tem os nomes dos 78 profissionais inscritos para trabalhar na capital e eles vão se apresentar no dia 3 de dezembro.

 

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