Lava Jato só acessou documento que cita Toffoli após reportagens
O inquérito que inclui documento que embasou reportagens censuradas da revista “Crusoé” e do site “O Antagonista” foi acessado por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) após a publicação dos veículos de comunicação, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
As reportagens, que tiveram a censura revogada nesta quinta-feira (18), citam o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que o site e a revista retirassem os conteúdos do ar.
Moraes tinha considerado a reportagem da “Crusoé” um “típico exemplo de fake news” porque a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que não havia recebido documento que comprovaria que Toffoli era o personagem apelidado de “amigo do amigo de meu pai” em um e-mail trocado entre o empresário Marcelo Odebrecht e dois executivos da construtora, ao contrário do que afirmou a revista.
Nesta quinta, o MPF divulgou uma nota na tentativa de afastar especulações que, segundo a força-tarefa, levantaram suspeitas de supostos vazamentos por parte de procuradores que atuam na Lava Jato.
Conforme o MPF, uma certidão com informações extraídas do sistema da Justiça Federal demonstra que os procuradores acessaram o inquérito a partir das 22h04 do dia 11 de abril. A “Crusoé”, segundo eles, publicou o material às 20h01.
“Portanto, a tentativa leviana de vincular o vazamento a procuradores da FT [força-tarefa] é apenas mais um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados”, diz trecho da nota.
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