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Lula lança Minha Caixa, Minha Vida por pauta econômica no Congresso

Lula lança Minha Caixa, Minha Vida por pauta econômica no Congresso

O presidente Lula anunciou há pouco a substituição da presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado de Arthur Lira, para a liderança do banco estatal. O petista tentou por meses evitar a medida e minar a influência do presidente da Câmara dos Deputados sobre os parlamentares, postergando a mudança.

Há duas semanas, um grupo de aloprados petistas tentou aproveitar a ausência de Lira (em viagem à China e à Índia) para negociar pautas de interesse do governo diretamente com lideranças da Casa. Logo em seguida, anunciaram que havia acordo e que a pauta econômica estaria destravada.

Chegou a se anunciar a perda de força do presidente da Câmara. Direto do Oriente, Lira acompanhava as tratativas e, por fim, se fez lembrado em nota à imprensa do vice-presidente da Casa, Marcos Pereira, adiando a apreciação do PL que tributa fundos exclusivos e offshore. “Decido não apreciar o PL 4.173/2023 para garantir o cumprimento do acordo celebrado em 04/10 com o presidente Arthur Lira“, escreveu Pereira, ao sepultar a ofensiva petista.

Com Lira de volta, a votação do projeto estaria resolvida, acreditou o governo. Mas gato escaldado, tem medo de água fria, diz o ditado popular. E assim a reunião de líderes que definiria a pauta da sessão de ontem foi adiada pelo presidente da Câmara. Um último aviso de Lira, que ainda aguardava o lançamento do programa Minha Caixa, Minha Vida, que consiste em entregar ao seu grupo o controle do banco público.

Não por acaso, Lula anunciou há pouco a mudança no comando da instituição financeira. O governo corre contra o tempo para aprovar algum ganho para a arrecadação ainda este ano, enquanto caminha – lenta, mas firmemente – em direção ao abandono da meta de resultado primário. O PL dos fundos exclusivos e das offshore deve andar agora, mas o custo para o governo será maior que a perda de arrecadação esperada com as idas e vindas na negociação das alíquotas do projeto.

A tropa aloprada que julgou vaga a liderança da Câmara dos Deputados em função da ausência temporária de Lira conseguiu apenas confirmar que o governo é refém do “rei” Arthur.

A frase de Lula poucas horas antes do anúncio da demissão de Rita Serrano, durante a  instalação do Conselho da Federação, foi um misto de tentativa de autoconvencimento e alerta à claque petista. “Vamos baixar (a bola), desempinar nosso nariz, conversar com as pessoas com humildade, com foco naquilo que a gente precisa“.

E que venha a nova indicação para a Funasa.

Fonte: O Antagonista

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