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MST é acusado de agredir idoso e destruir casa; mais um caso de agressão e vandalismo

MST é acusado de agredir idoso e destruir casa; mais um caso de agressão e vandalismo

Na noite da última sexta-feira (11), um casal de produtores rurais idosos que morava no assentamento Fábio Henrique (também chamado de “São João”), localizado no município de Prado, no sul da Bahia, teve sua casa inteiramente destruída (veja vídeo abaixo). Todos os móveis, eletrodomésticos e demais pertences do casal também foram vandalizados. As vítimas – Manoel Santana Gomes, de 67 anos, e sua esposa, Antônia Rodolfo Gomes, de 68 – alegam que as agressões foram feitas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) devido a embates relacionados à titulação de terras na região.

Durante cerca de duas horas, os criminosos permaneceram no local. Tiros foram disparados, e Manoel, que possui problemas cardíacos, foi espancado. Por fim, o casal foi obrigado a abandonar sua casa somente com as roupas do corpo. Com receio de voltar ao assentamento, os idosos, que residiam no local há 15 anos, fugiram para Teixeira de Freitas, município localizado a oitenta quilômetros de Prado, e estão lá desde então. Nesta segunda-feira (14), os idosos foram à delegacia de Teixeira de Freitas para registrar queixa, porém foram informados de que o caso deve ser registrado na delegacia de Prado. O casal, no entanto, teme retornar ao município.

Como mostrado pela Gazeta do Povo, o extremo sul da Bahia tem sido palco de diversos episódios de agressões físicas, vandalismo e ameaças atribuídos ao MST. Há anos, produtores rurais de vários assentamentos da região tentam regularizar suas propriedades para obter os documentos, mas lidam com a resistência dos militantes. O movimento é contrário à busca dos agricultores pela regularização de suas terras e, consequentemente, pela obtenção dos títulos de propriedade.

Os assentados afirmam que, mesmo após denúncias feitas nas delegacias de Polícia Civil de Prado e Mucuri, na delegacia da Polícia Federal de Porto Seguro, no Ministério Público da Bahia e no Ministério Público Federal, até o momento ninguém foi responsabilizado pelos ataques.

Sobre o caso específico de Manoel e Antônia, a direção do MST na Bahia optou por não atender ao pedido de entrevista da reportagem e não respondeu às perguntas enviadas.

Tiros, espancamento e vandalismo: idosos relatam horas de horror na mão dos agressores

Segundo o relato do casal, por volta das 20h30 quatro indivíduos armados com pistolas invadiram a casa, fizeram disparos e passaram a agredir Manoel com chutes e socos. Os agressores alegavam que o idoso estaria passando informações para Valmir da Conceição Oliveira, que integra a diretoria da associação de produtores do assentamento e é um dos principais líderes na busca pela regularização das terras.

Em abril do ano passado, Valmir também foi expulso do assentamento. Ele e sua família foram brutalmente agredidos e, da mesma forma, tiveram sua casa vandalizada e seus bens furtados. Ele também fugiu para Teixeira de Freitas, onde está até hoje, deixando para trás a única forma de sustento da família que eram as atividades agropecuárias. Nomes de diversos líderes do MST constam no inquérito da Polícia Civil que apura o caso como suspeitos da agressão.

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