PSL gastou mais de R$ 50 mil com policiais durante a campanha de Bolsonaro em 2018

O Diretório Nacional do Partido Social Liberal (PSL) contratou, em 2018, 64 policiais militares e civis do Rio de Janeiro para prestar serviços de segurança privada em atos de campanha de Jair Bolsonaro, então candidato à Presidência.

Segundo dados da Folha de S.Paulo, os policiais atuaram em seus horários de folga, prática vedada pela legislação. Entre a contratação dos policiais, constava um ex-PM que foi expulso da corporação acusado de receber propina para não combater o tráfico.

Ao todo o PSL pagou cerca de cem diárias aos policiais, em despesa que ultrapassa os R$ 50 mil. Os valores foram custeados por recursos do fundo partidário e por receitas de campanha.  Gastos esses que constam na prestação de contas feita pelo PSL junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os estatutos dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro demandam dedicação exclusiva, o que proíbe a atuação como segurança privada em horários de folga e o decreto federal que regulamenta a atividade policial também estabelece a dedicação exclusiva. O agente que desrespeita a norma fica sujeito a sanções disciplinares, que vão de advertência à suspensão. A prática não é considerada crime, e não há penas previstas para os contratantes.

 

Fonte: Folha de São Paulo