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Recusa por ‘marca’ de vacina levará morador de São Paulo para ‘fim da fila’

Recusa por ‘marca’ de vacina levará morador de São Paulo para ‘fim da fila’

A partir desta quinta-feira, 1º, em São Bernardo do Campo (SP), quem optar por escolher o laboratório fabricante da vacina contra a Covid-19 terá que assinar um documento e irá para o fim da fila de imunização na cidade. A decisão foi anunciada pelo prefeito Orlando Morando (PSDB) na noite dessa quarta-feira, 30.

Em transmissão de uma live nas redes sociais, o prefeito de São Bernardo do Campo afirmou que, apenas nesta terça-feira, 29, havia o registro de 200 pessoas que se recusaram a tomar a vacina no ato da imunização.

“Você lembra a marca da vacina que você tomou de gripe? Não lembra. Ninguém nunca pediu marca de vacina, porque agora, no meio da maior pandemia da humanidade, a pessoa quer escolher vacina? Não se escolhe vacina. Você vai ser colocado no fim da fila, só vai ser vacinado quando vacinarmos a última pessoa com 18 anos. Ontem, 200 pessoas se recusaram a tomar a vacina”, disse Morando.

O prefeito explicou que ao recusar tomar o imunizante, o morador terá de assinar um termo, confirmando que será vacinado após todos os grupos serem contemplados. A medida passa a a valer a partir desta quinta-feira.

“A partir de amanhã, quem se recusar a tomar a vacina que está disponível naquele posto, vai ser submetido um documento para que você assine. Se você se recusar a assinar, duas testemunhas que estão trabalhando assinarão dando fé. Essas pessoas que se recusarem a tomar a vacina no dia, serão submetidas ao fim da campanha de imunização. O que é isso? Você vai tomar a sua vacina quando nós vacinarmos o último adulto de 18 anos. Eu tenho insistido que vacina não é para escolher”, reiterou Morando.

“Sommeliers da vacina”

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ouvidos, nesta quarta-feira (30), pela CNN repudiaram a prática de quem atua como “sommeliers de vacina”, como são chamadas as pessoas que vão aos postos de vacinação em busca de imunizantes específicos contra o novo coronavírus. As vacinas da Pfizer e a da Janssen, por exemplo, são as mais procuradas atualmente.

Para a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, a tentativa de escolher um determinado imunizante não tem base científica e, por muitas vezes, atrasa o calendário vacinal do país.

“Não há o menor sentido em fazer escolha de vacina. Ninguém deve fazer isso sem estar baseado em dados científicos. Todos devem tomar os imunizantes conforme a disponibilidade em cada região”, disse Dalcolmo.

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