Michel Temer vira réu por lavagem de dinheiro em SP
O juiz Diego Paes Moreira, titular da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou nesta quinta-feira (4) a denúncia feita pela força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Michel Temer (MDB), a filha dele Maristela Temer, o coronel João Baptista Lima Filho e a mulher de Lima, Maria Rita Fratezi.
Com a decisão, os quatro agora se tornam réus em uma ação penal pelo crime de lavagem de dinheiro. A reforma da casa da Maristela foi financiada com dinheiro das obras da usina nuclear de Angra 3.
Em nota o criminalista Eduardo Carnelós, que defende o ex-presidente Michel Temer, afirmou que a acusação “é infame” e “estapafúrdia”. Já o advogado Fernando Castelo Branco, que defende Maristela Temer, disse que “a origem dos valores utilizados para a reforma de sua residência é lícita e a filha do ex-presidente Temer jamais participou de qualquer conduta voltada à lavagem de dinheiro”.
Defesa do coronel Lima e Maria Rita Fratezi, falaram sobre a “precipitação da apresentação de denúncias pelo Ministério Público Federal”.
A denuncia
A denúncia é desdobramento do chamado inquérito dos portos, que investigou se Temer favoreceu empresas do setor portuário. Ela ocorreu 12 dias após o ex-presidente ser preso pela Lava Jato do Rio. O caso estava no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi remetido para São Paulo.
A casa da filha de Michel Temer tem 350 m² e fica no Alto de Pinheiros. Em 2014, o imóvel passou por uma grande reforma.
Michel Temer, o ex-ministro e ex-governador Moreira Franco e outras 12 pessoas viraram réus no Rio de Janeiro em razão de desvios na Eletronuclear na obra de Angra 3 – o ex-presidente responde por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
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