Em Nova York, Brasil e China vão divulgar proposta de paz para Ucrânia
Brasil e China farão uma reunião de divulgação da proposta de paz idealizada pelos dois países para a guerra na Ucrânia. A reunião ocorrerá em Nova York (EUA), na manhã do dia 27 de setembro, e não deverá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já terá retornado ao Brasil após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
O governo brasileiro será representado pelo chanceler Mauro Vieira e, possivelmente, também pelo assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim. De acordo com o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, embaixador Carlos Márcio Cozendey, o evento ainda está em curso de organização, portanto, não é possível precisar os participantes.
“É basicamente uma reunião de divulgação para apresentar e discutir com os países que estejam interessados o documento desenhado pelo Brasil e a China”, informou o embaixador.
Em princípio, Rússia e Ucrânia não estarão representados na reunião. “Porque a ideia é justamente um documento dirigido a países que têm interesse em cooperar com o exercício”, explicou Cozendey.
Proposta de paz
Em maio, os governos do Brasil e China firmaram uma proposta conjunta que defende uma resolução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O texto pede uma desescalada nas tensões e prevê a realização de uma cúpula de paz com a presença dos dois países envolvidos na guerra.
A possibilidade do encontro é rechaçada pelo governo ucraniano. Na última semana, em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou como “destrutiva” a proposta. “A proposta da China e do Brasil é destrutiva. É apenas uma declaração política”, disse Zelensky.
“Como você pode oferecer: ‘Aqui está a nossa iniciativa’, sem nos pedir nada?”, questionou Zelensky. Ele disse ainda que procurou os dois países para discutir a iniciativa. A proposta dele é a retirada das tropas russas do território ucraniano e a restauração das fronteiras de 1991, além da responsabilização da Rússia por suas ações na guerra.
Fonte: Metrópoles