Opinião | Wilson Lima volta de Brasília com ‘salvação’ da ZFM e novo partido
Governador articulou com presidente reajuste do decreto sobre IPI
Chefe do Executivo Estadual assina ficha e passa integrar o União Brasil
Republicanos abandona o barco de Eduardo Braga
Partido comandado por Silas Câmara não marchará com o senador
PT, PCdoB e PV decidem se unir em federação
Presidente da Aleam preocupado com o alcoolismo feminino
TCE-AM cria plataforma digital para monitorar órgãos fiscalizados pela Corte de Contas
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Dia produtivo
A ida do governador Wilson Lima a Brasília ontem (9), foi determinante para garantir a manutenção dos incentivos da Zona Franca de Manaus e pavimentar o caminho na busca da reeleição.
Além de articular com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o reajuste do decreto federal que reduziu a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 25% – o que garantirá a sobrevivência da Zona Franca de Manaus – o mandatário do Estado se filiou ao maior partido do País, o União Brasil.
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Reajuste
O reajuste no decreto do IPI será feito ainda neste mês de março e garantirá que produtos fabricados na Zona Franca de Manaus que já possuem seu Processo Produtivo Básico (PPB) não sofram redução de IPI, o que garante competitividade das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e a manutenção dos mais de 100 mil empregos diretos gerados pelo modelo.
“O Amazonas não é contra a redução do IPI. Entendemos a boa intenção do Governo Federal nesse processo de reindustrialização e aumento da competitividade. Nossa maior preocupação é com a Zona Franca de Manaus”, ressaltou o governador.
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Maturidade
Essa é mais uma prova da maturidade política e da capacidade de convencimento que o governador do Amazonas conquistou em meio à adversidades de sua gestão, como a pandemia do coronavírus e traições dentro de seu grupo político.
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Articulação
A estadia em Brasília também mostrou o poder de articulação de Wilson Lima. Sem fazer alarde e trabalhando nos bastidores, o governador pavimentou sua filiação ao União Brasil e estará no maior partido do País para disputar a reeleição.
Mais do que garantir estrutura financeira – já que a sigla vai dispor de mais de R$ 800 milhões de Fundo Eleitoral – e tempo de televisão robusto, Wilson inviabilizou a ida de seu principal concorrente ao União Brasil, uma vez que Amazonino Mendes flertava com a legenda desde o ano passado.
O ex-governador, inclusive, chegou a assinar uma carta de intenção de filiação, que a essa altura do campeonato já deve ter sido jogada na lata do lixo.
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O ato
O ato de filiação de Wilson foi comandado pelo secretário-geral da legenda, Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto), e teve a presença do secretário municipal de Educação e ex-deputado federal, Pauderney Avelino, que deve assumir a presidência da sigla no Amazonas.
Em seu discurso, Wilson falou de suas expectativas no novo partido e agradeceu o PSC, sigla pela qual foi eleito em 2018.
“A partir de hoje estou me filiando ao União, para que a gente possa ajudar na construção desse projeto que é um projeto importante para o Brasil e também para o Amazonas. Agradeço também ao PSC, partido que abriu as portas para nosso projeto político, por todo apoio e parceria. Vamos em frente”, declarou.
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Alinhamento
Como o União Brasil irá liberar os diretórios estaduais para fazerem coligações tanto regionais quanto para presidente da República, o alinhamento entre Wilson Lima e Jair Bolsonaro seguirá intacto.
O governador comandará o palanque eleitoral da reeleição de Bolsonaro no Amazonas, fortalecendo ainda mais os laços com a atual gestão federal, de quem Wilson goza de total respeito e apoio.
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Abandonou o barco
Se uns articulam apoio, outros vão perdendo os poucos que já tem. Em baixa nas recentes pesquisas eleitorais, o senador Eduardo Braga (MDB), pré-candidato ao Governo do Amazonas, viu o Republicanos, partido comandado pelo deputado federal Silas Câmara no Estado, pular do barco e deixar seu arco de aliança.
Nos bastidores, comenta-se que “houve uma orientação nacional” para que a sigla não se aproximasse do MDB.
O Republicanos é mais ligado a Jair Bolsonaro e o partido de Braga tende a fazer oposição ao Governo Federal, indo para o lado do PT ou do PSDB.
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Esquerda unida
Por falar em PT, o partido de Lula bateu o martelo ontem e fará federação (coligação válida por quatro anos) com o PCdoB e o PV numa frente de esquerda contra Jair Bolsonaro.
O PSB, que também era cotado para fazer parte do “time”, por ora, ficou de fora, mas tem até o dia 31 de maio para definir se fará ou não parte da aliança.
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Cenário local
Em âmbito local, essa federação colocará no mesmo grupo, por exemplo, a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PC do B), o deputado federal José Ricardo (PT) e o deputado estadual Sinésio Campos (PT), além do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Roberto Cidade, que é presidente estadual do PV.
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Alcoolismo feminino
Falando em Roberto Cidade, o parlamentar apresentou, nesta semana, um Projeto de Lei que visa criar o Programa Estadual de Prevenção ao Alcoolismo entre as Mulheres.
O PL tem como principal finalidade promover o debate sobre o assunto e garantir que mulheres que fazem uso excessivo de bebida alcoólica tenham um acompanhamento específico por parte do poder público.
Segundo o deputado, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em pouco mais de uma década, o consumo de álcool pela população feminina cresceu aproximadamente 30%. Por isso, na avaliação do parlamentar, é preciso que haja uma assistência personalizada ao público.
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Controle de Contas
Técnicos do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) desenvolveram uma plataforma digital para monitorar as recomendações emitidas aos órgãos fiscalizados pela Corte de Contas.
“Estamos desenvolvendo ferramentas para que não só sejam aplicadas recomendações, ressalvas e demais punições aos gestores, mas que tais decisões sejam monitoradas para efetiva execução. Isto faz parte da nossa estratégia de fortalecimento do controle externo para garantir mais eficácia e eficiência para as decisões do Tribunal”, afirmou o presidente do TCE-AM, conselheiro Érico Desterro.
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