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Opinião | Ódio e radicalismo ideológico são inaceitáveis

Opinião | Ódio e radicalismo ideológico são inaceitáveis

Bolsonaro e Lula precisam moderar discurso para evitar campanha violenta

Presidente diz dispensar apoio de quem ‘pratica violência contra opositores’ e critica esquerda

Capitão Alberto Neto, Delegado Pablo, Zé Ricardo e Marcelo Ramos se posicionam sobre o assunto

Violência política cresce 32% no primeiro semestre de 2022

Amazonino testa positivo para Covid-19

Omar desfila com toalha de Lula, em Borba

Adail Filho rompe novamente com Wilson Lima

Prefeito David Almeida quer Manaus a melhor cidade do Brasil em pelo menos dez serviços

Radicalismo

Infelizmente o assunto hoje é ódio. É radicalismo ideológico, político e intolerância.

Na última sexta-feira (8), mataram o ex-primeiro-ministro do Japão, um homem muito querido por lá. Aliás, no domingo (10), o partido dele ganhou a eleição para o parlamento.

Ele foi morto por um sujeito que construiu uma arma caseira, porque lá é proibido a venda de armas.

Fanatismo

No dia seguinte, o ex-presidente Lula (PT) agradeceu a um vereador que cumpriu pena de sete meses por ter empurrado um empresário adversário contra um caminhão, gravemente ferido na cabeça.

Brutalidade e intolerância

Um dia depois, em Foz do Iguaçu (PR), dois policiais se confrontaram por motivos políticos.

Um deles fez sua festa de 50 anos e cobriu o cenário da celebração com propaganda para Lula. O outro — um agente penal federal — chegou lá, viu aquilo, se irritou, os dois bateram boca e acabaram trocando tiros.

O guarda municipal, aniversariante, morreu e o outro está na UTI.

Violência política

Não é possível fingir que esses foram episódios isolados de violência política, provocados por loucos, fanáticos ou intolerantes.

E com relação ao Brasil, esses não serão episódios isolados se os principais candidatos à presidência na campanha eleitoral deste ano — Lula e Bolsonaro — não colocarem a mão na consciência e resolverem, daqui para frente, moderar o discurso.

O tom das palavras dos candidatos tem, sim, influência sobre os ânimos e a disposição à violência de seus apoiadores.

Instigar

Episódios trágicos como o de Foz de Iguaçu podem ocorrer mesmo sem falas acirradas dos candidatos, é claro.

Mas tornam-se mais prováveis se o tom for semelhante ao de um chamado para a guerra, de um tudo ou nada, de ódio ao adversário, de relativização das agressões mútuas.

Lula

Lula, por exemplo, precisa evitar declarações como a de sexta-feira (8), quando fez um agradecimento a um ex-vereador do PT que em 2018 foi preso por empurrar um manifestante antipetista, fazendo com que ele batesse a cabeça contra o para-choque de um caminhão, sofrendo traumatismo craniano e sequelas para o resto da vida.

A agressão ocorreu em frente ao Instituto Lula, em São Paulo e Lula disse que o ex-vereador, conhecido como Maninho do PT, foi preso por defendê-lo, para “não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto”.

Trata-se do tipo de declaração que legitima atos de violência política.

Bolsonaro

Bolsonaro, por sua vez, vem adotando cada vez mais um discurso de incitação ao uso da força como meio para resolver disputas políticas.

Obviamente, não se trata de dizer explicitamente que os apoiadores ataquem petistas na rua, mas de fazer constantes menções a um possível cenário de guerra civil caso as eleições não sejam “limpas” (ou seja, implicitamente, se o resultado das urnas não for o que ele espera), de exortar seus apoiadores a se armar (não como uma medida complementar de segurança pública, mas como garantia de “liberdade”) e de incentivar a intolerância política ao descrever a campanha eleitoral como uma “guerra do bem contra o mal”.

Moderação

Sem uma moderação no discurso dos candidatos, a campanha de 2022 pode se tornar a mais violenta desde a redemocratização. Potencialmente violenta tanto para os eleitores, como para os próprios candidatos.

Não podemos nos esquecer que Bolsonaro já foi vítima de um atentado com faca, do qual saiu vivo por muito pouco, durante a campanha de 2018.

E que, no mesmo ano, em março, uma caravana de ônibus em que viajava Lula foi atacada a tiros. Por sorte, neste caso, ninguém se feriu.

Responsabilidade

Para que os episódios do passado não sirvam de justificativa para uma campanha ainda mais violenta este ano, é preciso que os candidatos parem de lavar as mãos para a brutalidade que é cometida em nome deles e condenem essa forma de resolver disputas políticas.

A responsabilidade para evitar uma campanha violenta também é deles.

Mudança de postura

Chamou a atenção do caso a mudança de postura da grande mídia. Fazia muitos anos que não se via quase toda a imprensa chamando o autor de um crime de “assassino” e não de “suspeito”.

Esse duplo padrão se alastra por quase toda a mídia: muitos jornalistas estão aceitando a valor de face a narrativa da esquerda e imputando ao bolsonarismo a violência cometida por um imbecil, enquanto sempre alivia a barra dos atos violentos — que são vários — praticados por esquerdistas, demonstrando complacência ou cumplicidade da esquerda em geral.

É preciso estar atendo a narrativa.

Posicionamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em uma rede social que dispensa o apoio de quem “pratica a violência contra opositores”.

Na postagem, que segundo Bolsonaro, é uma republicação de mensagem de 2018, o presidente também faz críticas à esquerda.

“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, afirmou Bolsonaro no Twitter.

Lacradores

O humorista Antonio Tabet, sócio do comediante e também ativista de esquerda, Fabio Porchat, tentou lacrar para cima do presidente, misturando o “crime de opinião” do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que recebeu a graça presidencial, com um assassinato:

“Bolsonaro deve estar chateado. A lei proíbe que ele conceda a graça a quem comete crimes hediondos. Como homicídio qualificado, por exemplo”.

Resposta

Recebeu a resposta do presidente:

“Não estou não, Tablet. Quero que apurem e tomem providências. Deve estar me confundindo com a turma que você curte, aquela que correu pra proteger os assassinos do cinegrafista da Band, que cuidava do assassino Battisti, que já teve como membro o bandido que tentou me matar…”

Deu para ver a diferença?

Enquanto uns relativizam, outros cobram punições.

Capitão e Delegado

No Amazonas, os deputados federais de direita Capitão Alberto Neto (PL) e Delegado Pablo (União Brasil) endossaram o discurso do presidente Bolsonaro, repudiando toda e qualquer forma de violência política, pedindo punição ao crime.

Zé Ricardo e Marcelo Ramos

Os deputados federais de esquerda Zé Ricardo (PT) e Marcelo Ramos (PSD) criticaram Bolsonaro e pediram o retorno de Lula à presidência.

“É um absurdo o que está acontecendo no Brasil. Infelizmente, com esse presidente que fomenta o ódio e é incompetente para resolver os problemas sociais do país, não tem jeito.”, disse Zé Ricardo.

“Duas famílias enlutadas pelo discurso de ódio estimulado pelo Presidente da República. Um ambiente perigoso para a Democracia e para a vida das pessoas. A intolerância e o desamor são alimentos desse governo. É preciso todo empenho para eleger Lula Presidente. É Lula ou a barbárie!”, disse Marcelo Ramos.

Crescimento

O Brasil registrou 214 casos de violência política nos primeiros seis meses de 2022.

O número é 32% maior que os 161 episódios registrados no primeiro semestre de 2020, último ano eleitoral. Só este ano 40 pessoas foram assassinadas.

Os dados são do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, lançados ontem (11).

Ao longo do primeiro semestre foram registrados 19 casos de violência política contra militantes do PSD, 18 contra membros do Republicanos e 17 episódios contra integrantes do PT e do PL.

Simples assim

A pouco mais de 80 dias para o primeiro turno das eleições é preciso que todas as grandes lideranças políticas brasileiras condenem toda e qualquer forma de violência ou incitação à violência.

Não há justificativa para atos políticos violentos, simples assim.

Covid-19

O ex-governador e pré-candidato ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes (Cidadania), informou nesta segunda-feira (11) que testou positivo para Covid-19. Esta é a segunda vez no ano que o político testa positivo.

“Meus amigos, minhas amigas. Informo que hoje testei positivo para Covid-19. Estou com sintomas leves e me recuperando em casa. Minha agenda para os próximos quatro dias foi suspensa.”, disse Amazonino em sua rede social.

Toalha vermelha

O senador Omar Aziz (PSD) desfilou com uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula no último final de semana em uma agenda em Borba (AM).

Omar já declarou apoio a eleição de Lula e deve ser oficializado como candidato da esquerda ao Senado do Amazonas nas próximas semanas.

As toalhas estampadas com o rosto de Lula e Bolsonaro se tornaram febre entre os brasileiros.

Novo rompimento

O pré-candidato a deputado federal, Adail Filho (Republicanos), rompeu mais uma vez a relação com o governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil).

Adversários na eleição suplementar de Coari – onde o mandatário do Estado apoio Robson Tiradentes (PSC) – eles haviam se “acertado” após o pleito e Adailzinho chegou, inclusive, a flertar com o Avante, partido do prefeito de Manaus, David Almeida, apoiador de primeira ordem do governador.

Críticas

No entanto, o amor acabou.

Em evento de pré-campanha no bairro do Educandos ontem (11), o ex-prefeito de Coari subiu o tom nas críticas a Wilson Lima a quem acusou de ser sem palavra.

Melhor do Brasil

Manaus consagrada a melhor capital do Brasil na prestação de, pelo menos, dez serviços públicos. Foi o que declarou o prefeito David Almeida, logo após participar da 20ª Corrida Internacional 9 de Julho, a mais tradicional de Boa Vista (RR), realizada no sábado (9), onde correu e divulgou a Maratona Internacional de Manaus.

Parte dessa meta, o prefeito já alcançou em um ano e meio à frente da Prefeitura de Manaus. A capital amazonense é a primeira em Saúde Básica, no ranking do programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde. A Previdência Social e a Educação também são destaques nacionais, assim como a secretaria do Trabalho, considerada a mais exitosa entre as capitais brasileiras que empregam com carteira assinada.

 

 

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Este post tem um comentário

  1. Adnilso Nery

    Não me espanta o Adailzinho romper com o Wilson Lima, o seu histórico familiar está mais para Omar Aziz.

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