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Opinião | Wilson e David selam parceria em prol do Amazonas

Opinião | Wilson e David selam parceria em prol do Amazonas

União entre prefeito e governador não acontece desde a era Amazonino e Braga

Bolsonaro é celebrado durante solenidade de início das obras da AM-010

Políticos vão em peso prestigiar o evento

Chico Preto afirma que é candidato ao Senado em 2022

Alinhamento

O alinhamento político entre o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), saiu do campo da especulação para se tornar público.

Em evento que marcou o início das obras de reforma e modernização da rodovia AM-010 na manhã de ontem (12), os chefes do Executivo mostraram afinidade e, além de trocarem elogios e anunciarem parceria em obras, ressaltaram a importância da união dos poderes em prol do desenvolvimento do Estado e da Capital.

Ação conjunta

“Nesse momento o trabalho fala pela gente. Por onde você passar no Amazonas tem obra do Estado e onde você passa em Manaus, tem obras da Prefeitura. Nós não estamos preocupados com briga, e sim em trabalhar. Só aqui, nós estamos gerando algo em torno de 10 mil empregos diretos e indiretos.”, afirmou o governador.

União pelo povo

Visivelmente animado, David Almeida agradeceu o governador pela obra na AM-010 e ressaltou que, com a harmonia entre os poderes, o estado avança e os investimentos acontecem.

“Ninguém faz nada sozinho. Quando os políticos brigam quem sofre é povo. Enquanto os políticos gastam tempo maquinando uns contra os outros o povo padece. Eu não tenho motivos nenhum para estar brigando. Eu tenho que estar unido ao Governo Federal ao Governo Estadual e juntando a estrutura municipal para melhorar a qualidade de vida do povo”, destacou.

Elogios a Bolsonaro

Tanto Wilson quanto David teceram, também, elogios ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e à equipe de ministros. Segundo os políticos, o auxílio do Governo Federal tem sido de fundamental importância para o Amazonas.

Essa troca de afagos indica, inclusive, que a presença do governador e do prefeito no palanque de Jair Bolsonaro no Amazonas, nas eleições do ano que vem, é quase certa.

Histórico de desavenças

A união entre Governo do Estado e Prefeitura de Manaus não é coisa comum.

Na verdade, a última vez que prefeito e governador falaram a mesma língua foi nos idos de 1995, quando Amazonino Mendes chefiava o Amazonas e Eduardo Braga comandava a Prefeitura.

Ao longo dos últimos anos, inclusive, o clima entre os chefes do Executivo é beligerante. Foi assim com Amazonino (governador) e Alfredo Nascimento (prefeito), Eduardo (governador) e Serafim Corrêa (prefeito), Omar Aziz (governador) e Amazonino (prefeito), José Melo (governador) e Arthur (prefeito) e por fim Wilson (governador) e Arthur (prefeito).

Tesourada

Em 2002, Amazonino Mendes negou à Prefeitura de Manaus, comandada por Alfredo Nascimento, cerca de R$ 300 milhões de ICMS após uma manobra com a Assembleia Legislativa e a mudança de Lei da partilha do ICMS.

Em 2008 o STJ julgou ilegal a Lei e a dívida hoje do governo com a prefeitura de Manaus gira em mais de R$ 750 milhões.

Já em 2017, por exemplo, quando José Melo era governador, ele cortou o ICMS sobre o combustível das empresas do transporte coletivo da capital, gerando uma “guerra” com Arthur Virgílio.

Wilson prestigiado

O evento que deu o start na pavimentação da AM-010 demonstrou o prestigio de Wilson Lima com a classe política do Estado. Além do prefeito David, 31 prefeitos do interior, um deputado federal, nove deputados estaduais e 11 vereadores de Manaus estiveram na solenidade realizada pelo governador.

Chico Preto é candidato

Após a repercussão da Coluna de ontem (12), onde projetamos um cenário onde o ex-vereador Chico Preto poderia ser indicado como suplente de Coronel Menezes para o Senado, ele entrou em contato com o Direto ao Ponto e afirmou que segue firme no propósito de ser senador pelo Amazonas e que não será suplente nem de Menezes, nem de qualquer outro.

Chico afirmou, também, que até outubro ingressará numa legenda partidária para concorrer na próxima eleição.

 

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