Opinião | Marcelo Ramos chama eleitores de Bolsonaro de patéticos e leva invertida de seguidores
Parlamentar derrotado nas urnas é criticado e chamado de biscoiteiro em publicação
‘Cumpra seu aviso prévio e vaza’, diz internauta
Ex-vice-presidente da Câmara se agarra em Lula para conquistar cargo no possível governo petista
Eduardo Braga se irrita com jornalista após pergunta sobre relação com a Aleam
Damares Alves é alvo de críticas por revelar casos de pedofilia
Xuxa e outro artistas se indignam com ex-ministra e não com criminosos
‘Pega leso’, diz Fausto Santos Jr em ‘invertida’ que Tico Santa Cruz tomou ao comparar Lula a Jesus
Petista usa boné com iniciais do tráfico em visita ao Complexo do Alemão
Wilson Lima consolida liderança com 16% de votos válidos à frente, diz Pontual Pesquisas
Afogando as mágoas
Derrotado nas urnas, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD) – que já cumpre aviso prévio do mandato -, ao que parece, encontrou uma maneira de afogar suas mágoas: criticar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
Sem respeito
Ontem (13), o ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, usou o Twitter para ofender os simpatizantes do presidente no Amazonas e, de forma preconceituosa, afirmou que “empresários e comerciantes falidos e muitas senhorinhas lisas” estão se reencontrando com a riqueza no bolsonarismo e os chamou de “patéticos”.
“Aqui no Amazonas, como no Brasil, os ricos apoiam Bolsonaro. Mas, o mais engraçado são os ex-ricos (empresários quebrados, executivos demitidos, comerciantes falidos), esses encontraram no bolsonarismo a chance de voltar para um meio social que a lisura os tirou. São patéticos”, escreveu.
Café amargo
A postagem amarga foi feita às 7h, o que denúncia uma amargura do deputado logo cedo pela manhã.
Críticas
A postura de Ramos, obviamente, foi alvo de críticas nas redes sociais. A maioria absoluta dos comentários eram negativos.
Um dos internautas foi direto ao ponto e deu um conselho duro, mas verdadeiro ao deputado: “cumpra seu aviso prévio e vaza”.
Em outro comentário, uma internauta diz que ele está desesperado pela vitória do Lula, “porque aqui no Amazonas, nem rico e nem pobre quer papo com ele”.
Em outras centenas de comentários, pessoas chamavam o deputado de biscoiteiro e reiteraram que votam em Bolsonaro porque são ricas em saúde, de valores, de bom senso.
Biscoiteiro
A gíria “biscoiteiro” — um adjetivo nos tempos atuais — vem do verbo “biscoitar”.
O significado de “biscoitar” é: chamar a atenção, fazer algo em busca de aplauso nesta várzea maravilhosa que é a internet.
Seria quase uma versão revista e atualizada do clássico “êêê, tá querendo aparecer”, tudo isso com o toque de brincadeira e deboche.
Tempo vai dizer
Marcelo se elegeu deputado federal pelo PL sob o guarda-chuva de Alfredo Nascimento (PL).
No partido, teve uma ascensão meteórica em Brasília chegando a ser vice-presidente da Câmara dos Deputados e um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.
Quando optou por dificultar e romper com o governo do presidente Bolsonaro e se aliar com Lula e a esquerda, Marcelo fez mais uma vez uma aposta arriscada, assim como fez como foi candidato a vice de Eduardo Braga.
A resposta veio nas urnas.
Cargo
Demitido pelos eleitores, Ramos certamente está apostando todas as fichas no êxito de Lula no pleito para, quem sabe, garantir um cargo no segundo ou terceiro escalão do governo.
Apesar de “meter os pés pelas mãos” na política, o deputado é um advogado de qualidade e um bom articulista que pode se encaixar em algum cargo técnico da gestão.
Irritado
Em mais uma demonstração de falta de autocontrole, o candidato ao Governo do Amazonas pelo MDB, Eduardo Braga, ficou irritado com a pergunta de um jornalista durante entrevista à rádio CBN Amazônia ontem (13), e foi deselegante com o comunicador.
Ao ser indagado acerca de sua relação com a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) em um eventual governo, levando em consideração que a maioria dos eleitos são pró-Wilson Lima, o candidato respondeu de forma deselegante e debochada.
“Quem disse isso? Essas afirmativas não são verdadeiras”, disse.
Inversão de valores
A ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), está sendo alvo de uma típica inversão de valores após denunciar casos escabrosos de pedofilia na Ilha do Marajó (PA).
Ao invés de se revoltarem contra os criminosos, celebridades como Xuxa se enfureceram com Damares.
A Rainha dos Baixinhos, que deveria lutar pelo respeito às crianças, quer, na verdade, que a senadora conservadora seja cassada antes mesmo de tomar posse.
Preconceito
Não é a primeira e ao que parece não será a última vez que Damares será alvo da “grande mídia” e dos “progressistas de esquerda”.
Em 2018 — antes do no início da gestão de Bolsonaro — ela foi alvo de chacota ao afirmar que quando tinha 10 anos pensou em se matar, após sofrer uma série de abusos sexuais, viu Jesus Cristo em cima de um pé de goiabeira, e que o evento a transformou e deu um novo norte para a sua vida.
Intolerância
Desde então, Damares vem sendo motivo de chacota de parte dos jornalistas de esquerda, que fazem piada sobre o relato, mesmo depois de conhecer a história completa.
E não é só insensibilidade, é prova também da incapacidade de lidar com a fé e o drama de pessoas que pensam diferente deles.
Uma coisa é se posicionar em relação às ideias da ministra ou qualquer outra autoridade pública. Outra, bem diferente, é desqualificar alguém em razão de sua crença.
Isso sim é patético.
Invertida
Falando em progressista, o cantor Tico Santa Cruz tomou uma “invertida” de um internauta após tentar comparar Lula a Jesus Cristo.
“Você sabia que Jesus foi um ex-presidiário? Diga que é mentira”, escreveu o artista.
“Ótima comparação. Vamos então crucificar Lula, e se ele for inocente, ele ressuscita. O que acha?”, retrucou o homem.
“Pega leso”
Ao ver a cena, o deputado federal recém-eleito, Fausto Santos Jr (União Brasil), postou o print da resposta dada a Tico Santa Cruz com uma famosa expressão amazonense: “pega leso”.
“Mas brincadeiras à parte, Jesus foi preso por pregar a palavra de Deus. Lula foi preso por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Não existe comparação. É muita blasfêmia da esquerda!”, escreveu o parlamentar.
Boné do tráfico
Falando em Lula, o petista aproveitou o feriado de Nossa Senhora de Aparecida, na última quarta-feira (12), para visitar o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
No local, onde o Estado dificilmente tem acesso e a polícia é recebida de forma hostil pelos criminosos, Lula fez campanha tranquilamente e ainda colocou um boné preto com a sigla “CPX” em vermelho.
CPX é utilizada para abreviar a palavra “complexo” que no mundo do crime significa “parceiro”. E o CPX vermelho significa parceiro do CV, ou seja, parceiro do Comando Vermelho.
Preconceito
O episódio obviamente viralizou nas redes sociais e o PT e toda a “grande mídia” parceira, passaram a justificar o boné do candidato ao afirmar que a sigla significa tão somente uma referência ao local e nada relacionado ao crime organizado.
Em tom vitimista – típico da esquerda – o site de Lula publicou uma matéria afirmando que “CPX significa complexo” e que “para os bolsonaristas todos que moram em comunidades são bandidos”.
Liderança
O levantamento da Pontual Pesquisas sobre a votação no segundo turno para o governo de Amazonas indica o governador Wilson Lima (União Brasil) com 58% dos votos válidos, contra 42% de Eduardo Braga (MDB). O estudo foi divulgado nesta sexta-feira, 14.
Essa é a quinta pesquisa consecutiva que aponta a larga vantagem de Wilson Lima no segundo turno.
Registro
A pesquisa eleitoral N° AM 03082/2022 aconteceu entre os dias 8 e 10 de outubro, com 1.996 pessoas. As coletas foram realizadas em Manaus, Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Coari, Tefé, Maués, Iranduba, Tabatinga e Manicoré.
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