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Opinião | Indefinição partidária de Wilson e Amazonino embaralha formação de palanques no Amazonas

Opinião | Indefinição partidária de Wilson e Amazonino embaralha formação de palanques no Amazonas

Eduardo Braga pode ficar de fora da disputa

Wilson Lima flerta com três partidos e pode deixar o PSC

Plínio cogitou, mas não deve conseguir emplacar candidatura

Apoio de David Almeida é cortejado por candidatos

Prazo para definição das federações deixa candidatos proporcionais numa sinuca de bico

STF mantém incentivos fiscais de bens de informática para fora da Zona Franca

Apagão de internet acarreta prejuízos e deixa o Samu inoperante

Wilson Lima confirma Festival de Parintins em 2022: ‘Será o maior de todos os tempos’

Em artigo, Arthur Virgílio Neto critica a “PL do Veneno”

Indefinido

As eleições para o Governo do Amazonas e Senado, em outubro, ainda é uma incógnita em relação aos palanques para os líderes na intenção de voto.

A indefinição partidária dos dois principais players ainda barra a movimentação de outras peças, principalmente as definições para os cargos proporcionais de deputados federais e estaduais.

A única certeza até agora é que seguindo a tradição no Amazonas, boi vai voar, muita gente vai ser traída e a eleição vai pegar fogo no estado, muito impulsionada pelo cenário de polarização nacional.

Alguém duvida?

Estratégia

A definição do partido e dos palanques pode ser peça chave para uma eleição vitoriosa.

Mais do que fundo partidário e tempo de TV, ela também pode isolar candidatos. Além disso, passa pela escolha palanques do presidente Bolsonaro e do ex-presidente Lula. O que pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista e das apostas de cada um.

Por enquanto, há muita especulação e diálogo. Todo mundo conversando com todo mundo, analisando pesquisas, traçando cenários e preparando suas apostas e próximos passos para a disputa eleitoral.

Até o dia 2 de abril, prazo para definição partidária, acordos devem ser desfeitos, promessas devem ser refeitas e teremos uma definição mais clara do possível cenário para a disputa.

Wilson Lima

Wilson Lima segue no PSC, partido da base aliada de Bolsonaro, mas com pouco fundo partidário e tempo de TV.

Desta forma, o governador estuda a possibilidade de disputar a reeleição por três partidos: PL, PP e União Brasil.

A tendência é que Wilson faça palanque para Bolsonaro no PL ou PP, mas existe também a possibilidade de se filiar ao União Brasil, que teoricamente terá uma campanha mais neutra.

Possibilidade remota

Nos bastidores ainda se comenta a possiblidade, mesmo que muito remota, do governador declinar da disputa e apoiar outro nome para o Governo.

O cenário é pouco provável, ainda mais após recentes pesquisas apontarem um crescimento nas intenções de voto e uma melhora na avaliação de sua gestão.

Amazonino Mendes

O ex-governador Amazonino Mendes, que lidera as intenções de voto, segue na busca de um partido.

Muitas são as forças políticas que trabalham para dificultar suas pretensões eleitorais, minando uma candidatura com um partido grande que lhe garanta estrutura, recursos e tempo de TV.

Essas mesmas forças tentam cooptar seu apoio para declinar da disputa de governo e compor o palanque em uma disputa para o Senado.

Ouvindo todo mundo

Hoje, Amazonino conversa com muitos partidos. Sua articulação vai do União Brasil, passando pelo PL, PSDB, MDB e até o PT.

Nos bastidores também se trabalha com a possibilidade de candidatura de Amazonino ao Senado.

Aos 83 anos, ele se mostra disposto a encarrar a disputa. E apesar das derrotas nas últimas duas eleições, nos dois cenários, ele se mostra competitivo em recentes pesquisas.

Eduardo Braga

Eduardo Braga (MDB) também tenta se viabilizar eleitoralmente. Apesar de ter o comando de um grande partido que lhe garante tempo de TV e estrutura, o senador vem de duas derrotas em disputas para o Governo do Amazonas e uma disputa de reeleição para o Senado apertada.

Além disso, vem perdendo aliados, caindo nas pesquisas eleitorais e se envolvendo em polêmicas que minam a sua possiblidade de crescimento e aumentam a sua rejeição, como no caso da agressão à ministra bolsonarista, Flávia Arruda.

Composição

Braga ainda aposta que a saúde de Amazonino pode tirá-lo da eleição e trabalha forte em Brasília, mais precisamente no judiciário, para prejudicar Wilson Lima.

Caso seu plano não dê certo, nos bastidores circulam informações de que ele pode declinar da candidatura para apoiar tanto Amazonino quanto o próprio governador Wilson Lima.

O apoio à sua reeleição para o Senado em 2026 é uma das condições para iniciar a conversa.

Nuances da política e suas improbabilidades possíveis.

Plínio Valério

O senador Plínio Valério ainda sonha com uma candidatura, mas tem muitas dificuldades, a começar pelo partido.

O PSDB, comandado no Amazonas pelo ex-senador e ex-prefeito, Arthur Virgílio Neto, não cogita a participação de Plínio na disputa para Governo. A tendência é compor e barganhar condições para fortalecer a candidatura de Arthur ao Senado.

O senador, que afirmou recentemente que aguardava o resultado de algumas pesquisas para definir se seria ou não candidato, já deve ter tido sua resposta.

Perdeu o timing e isso pode ter um preço alto caso deseje disputar a reeleição em 2026.

Demais candidatos

Ricardo Nicolau (SDD), Carol Braz (PDT) e Marcelo Amil (PSOL) já têm o aval dos seus respectivos partidos para disputar o pleito.

Destes nomes, o único com possibilidade real de chegar à casa dos dois dígitos é Nicolau e, mesmo assim, ainda são remotas as chances de conseguir chegar no segundo turno.

David Almeida

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), é sempre bem lembrado nas pesquisas para o Governo e um nome competitivo pela avaliação acima da média de sua gestão.

Apesar de já ter dado diversas declarações que não será candidato, o meio político aguarda o fim do prazo de descompatibilização no dia 2 de abril para avançar com alguns movimentos.

Seu apoio pode ser decisivo na disputa e ele vem sendo cortejado no meio político.

Federações

A decisão do STF de ampliar o prazo para a formação das federações partidárias até o dia 31 de maio — e não até o início de abril — vai fazer muito político bater cabeça na hora de definir um partido.

Isso porque a definição do partido é peça chave para os candidatos a deputado, que fazem cálculos para definir o partido em cima de definições como a federação partidária.

Agora eles precisarão escolher o partido antes da costura dos acordos. E no caso do Amazonas, todos vão ficar à mercê das definições nacionais.

Má notícia

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam constitucionais incentivos fiscais concedidos pelas Leis 8.387/91 e 10.167/01 ao setor de informática independentemente de eles estarem localizados na Zona Franca de Manaus (ZFM).

O julgamento da ADI 2399 em plenário virtual foi encerrado na última sexta-feira (11), e ficou em sete a quatro para declarar os incentivos regulares.

Na ação, que se arrastava há mais de 20 anos no tribunal, o Governo do Amazonas argumentava que as leis transformaram incentivos que deveriam ser regionais em setoriais, reduzindo a vantagem competitiva de empreendimentos instalados na ZFM.

Apagão

Manaus mais uma vez sofreu um apagão de internet. Na manhã de ontem (15), o serviço ficou sem funcionar por mais de uma hora, o que causou transtornos à população.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por exemplo, teve o atendimento prejudicado, já que o telefone 192 não funcionou.

A sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que é transmitida pelo Youtube e Facebook, ficou restrita somente à TV Aleam. Após restabelecido o serviço, a atividade foi devidamente postada na internet.

Festival de Parintins

O governador Wilson Lima (PSC) afirmou que está preparando o maior Festival Folclórico de todos os tempos. De acordo com o governador, o avanço da vacinação contra a Covid-19 é essencial para que os grandes eventos possam ocorrer, proporcionando segurança à saúde da população.

Há dois anos, em virtude da crise sanitária provocada pela Covid-19, o Amazonas não realiza o tradicional Festival de Parintins, um dos maiores eventos folclóricos do planeta.

PL do Veneno

Em artigo publicado no Direto ao Ponto ontem (15), o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez críticas ao Projeto de Lei que concentra no Ministério da Agricultura o registro de agrotóxicos, batizado de “PL do Veneno”.

A proposta foi aprovada nesta semana pela Câmara Federal e segue para apreciação do Senado.
Virgílio explica que a proposta, se aprovada, tira da Anvisa e do Ibama o poder de decisão sobre o registro dos agrotóxicos, o que na sua avaliação, aumenta os riscos à saúde pública e se propõe única e exclusivamente a beneficiar os interesses do agronegócio.

 

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