Opinião | David deve se filiar ao PP para disputar reeleição em 2024
Prefeito de Manaus prepara terreno e posiciona aliados em lugares estratégicos para a disputa
Probabilidade do governador Wilson Lima se reeleger é de 89,6%
Chance de virada de Eduardo Braga é de 10,4%, aponta estudo da FGV
16 siglas deixarão de receber recursos do Fundo Partidário
Somente nove partidos e três federações atingem cláusula de barreira
Sergio Moro reaparece ao lado de Jair Bolsonaro em debate na Band
Ex-juiz e Senador eleito pelo Paraná auxiliou o presidente durante o programa
Indagado sobre quem seria seu Ministro da Economia, petista sai pela tangente
Pesquisa Veritá mostra Bolsonaro à frente de Lula no 2º turno
Futuro partidário
A disputa para a Prefeitura de Manaus é só em 2024, mas o prefeito David Almeida (Avante) já começou sua campanha à reeleição com muita articulação e posicionamento de peças estratégicas para garantir sua recondução à chefia do Executivo Municipal.
A mais recente manobra foi o aceno para ingressar no Partido Progressista (PP), hoje comandado no Amazonas pelo vice-prefeito, Marcos Rotta, que chegou a confirmar ao podcast do Sim & Não (A Crítica), que o presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, já convidou David para assumir a sigla.
O avanço nas tratativas ficará para o ano que vem, após as eleições deste ano e definição do cenário nacional.
Bastidores
A confirmação do apoio do prefeito de Manaus ao presidente Jair Bolsonaro (PL), colocou mais uma vez o assunto em evidência.
Inclusive, circulou nos bastidores que existiram conversas recentes entre David e o atual chefe da Casa Civil e presidente do PP, Ciro Nogueira, sobre o futuro do partido no Estado.
Peças para 2024
David posicionou peças importantes no tabuleiro, pensando em 2024.
Foi dele a indicação de Tadeu de Souza (Avante) como vice-governador na chapa de Wilson Lima (União Brasil), e seu apoio a Omar Aziz (PSD) na reta final da disputa para o Senado, garantiu a reeleição do senador. E isso, obviamente, tirou muita força de um de seus possíveis adversários na futura eleição, Coronel Menezes (PL).
Além disso, David elegeu a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com quatro deputados estaduais, e conta com ampla maioria na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Apoio a Bolsonaro
Para completar, neste segundo turno, aparou as arestas com o Governo Federal —já que tinha ressalvas especificas com o ministro da Economia, Paulo Guedes — e entrou em campo pela reeleição de Jair Bolsonaro.
Conseguiu reconstruir a relação com o presidente da República e agora tem, como ele mesmo revelou em reunião com bolsonaristas na última semana, contato quase que diário com a campanha presidencial do candidato do PL.
Estrategista
David, com tudo isso, se mostrou mais uma vez um político extremamente estrategista e habilidoso.
Tomou decisões pensando em 2022, mas sem deixar o futuro escapar dos olhos, e preparou o terreno para 2024 – quando será candidato à reeleição – e até mesmo para 2026, na próxima eleição estadual.
Fórmula
Falando em Governo do Estado, a probabilidade do governador Wilson Lima (União Brasil) se reeleger é de 89,6%, segundo uma equação desenvolvida por pesquisadores do Centro de Política e Economia do Setor Público da FGV-SP.
Com isso, a chance de virada do senador Eduardo Braga (MDB) é de 10,4%. No primeiro turno da eleição, Wilson teve 42,82% dos votos e Braga 20,99%.
Fórmula 2
Desenvolvida pelos cientistas políticos George Avelino, Guilherme A. Russo e Jairo T. P. Pimentel Junior, a fórmula foi criada para prever o desfecho do segundo turno com base nos resultados da primeira etapa da disputa.
O modelo leva em conta apenas dois aspectos: o percentual de votos válidos recebidos pelo líder do 1° turno e a diferença em relação ao segundo colocado.
Reorganização
Muitos partidos políticos precisarão se fundir com outras legendas e se reinventar em 2023.
Isso porque das 28 siglas e federações que disputaram as eleições deste ano, apenas 12 conseguiram alcançar a cláusula de desempenho prevista na Lei Eleitoral, ou seja, tiveram 2% dos votos válidos, com no mínimo 1% da votação em um terço dos estados, ou elegeram pelo menos 11 deputados federais distribuídos em no mínimo um terço dos estados.
Essas siglas não terão direito a receber o Fundo Partidário a partir de 2023.
De boas
Os que atingiram a cláusula de desempenho estão “de boas”.
São eles os partidos MDB, PDT, PL, Podemos, PP, PSB, PSD, Republicanos e União Brasil, além das federações FE Brasil (PT/PCdoB/PV), PSDB/ Cidadania e PSOL/Rede.
Sem Fundo Partidário
As 16 agremiações que não conseguiram alcançar a cláusula de desempenho continuarão a existir, embora não recebam mais nenhum suporte financeiro de origem pública a partir de fevereiro de 2023.
Se desejarem, poderão se fundir, ser incorporadas ou, ainda, constituir federações com outros partidos que tiveram melhor desempenho nas urnas.
Precisarão se reinventar para receber recursos públicos a partir do ano que vem: Avante, PSC, Solidariedade, Patriota, PTB, Novo, Pros, Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP.
Unidos novamente
Além da surra que Jair Bolsonaro deu em Lula (PL) durante o debate da Band na noite de ontem (16), chamou atenção a presença do senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), no staff do presidente da República.
Ele foi convidado pela campanha de Bolsonaro, aceitou o convite e foi um dos conselheiros do mandatário da nação durante o programa.
Bem maior
Ao que parece, Moro e Bolsonaro deixaram as diferenças de lado, apararam as arestas e se aliaram em prol do bem maior, que neste caso, é derrotar Lula e impedir a volta do Partido dos Trabalhadores ao poder.
“Pelo Brasil, contra a corrupção da democracia e o projeto de poder de Lula e a favor de um país com o mínimo de integridade”, escreveu o ex-juiz da Lava Jato no Twitter.
Gravata
Também no Twitter, Moro atentou para o fato de Lula estar usando a mesma gravata que usou durante a audiência sobre o caso do “Petrolão”.
“Lula continua o mesmo malabarista. Sabe usar as palavras pra sustentar mentiras. Tem experiência”, disse Moro.
Quem será
Durante o debate, que teve vários momentos interessantes, Jair Bolsonaro indagou Lula quem será, caso vença, o seu ministro da Economia.
“Já escolheu ou está barganhando?”, indagou Bolsonaro.
Lula saiu pela tangente, não respondeu à pergunta e fez elogios a Fernando Haddad, seu então ministro da Educação.
Bolsonaro ultrapassa Lula
O Instituto Veritá divulgou neste domingo (16) pesquisa com projeções para o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, marcado para o dia 30 deste mês.
O levantamento mostra o presidente Jair Bolsonaro na frente, com 51,2% dos votos válidos, enquanto Lula tem 48,8%.
Dados
Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.
Foram ouvidas 5.528 pessoas entre 11 e 15 de outubro. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo 04850/2022.
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