O governo de Michel Temer assinou na última sexta-feira (16) um decreto que determina a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, deixando a segurança pública fluminense sob responsabilidade de um interventor militar.
A “cidade maravilhosa” vive uma grave crise de segurança pública, com aumento do número de homicídios, de mortes de policiais e confrontos com criminosos. E os episódios de violência registrados e noticiados pela mídia durante o Carnaval foram determinantes para a tomada de decisão pelo governo.
Porém, outros Estados como o Amazonas, vivem emergências de segurança tão ou mais agudas.
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Números
No Amazonas o número de homicídios aumentou 145,7% entre 2005 e 2015, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nesse período, o número de assassinatos saltou de 599 para 1472.
O estado aparece em 5º com maior crescimento do País.
Enquanto a taxa de homicídios no Rio de Janeiro foi de 32 por 100 mil habitantes em 2017, no Amazonas foi de 59 por 100 mil e, no Rio Grande do Norte, de 69 por 100 mil.
Além disso, no ano passado, já no primeiro dia de 2017, uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou um rastro de sangue com 56 mortos.
Duas semanas depois, mais 26 assassinatos em um massacre num presídio no Rio Grande do Norte.
Outras rebeliões se seguiram em prisões em vários estados brasileiros, revelando mais uma vez a completa falência do sistema de execução penal nacional e lançando luz sobre a expansão da disputa das facções criminosas pelo país.
Também podemos citar o caso do Espírito Santo, onde a Polícia Militar paralisou suas atividades, gerando uma onda inédita de violência no Estado.
Essa intervenção no Rio de Janeiro é fruto da conveniência política do governo Temer. Vários Estados poderiam se enquadrar (em uma intervenção federal na segurança pública).
Não tem como dizer que o Rio de Janeiro é um caso mais grave do que outros Estados, como Amazonas, Rio Grande do Norte, Roraima e Espírito Santo.
Essa guerra já chegou no Amazonas há tempos.
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O Negão voltou
Depois de um tour turístico pelo Peru e Chile no feriado de Carnaval, o governador Amazonino Mendes voltou a terrinha e foi recebido com uma chuva de críticas e denúncias.
Professores e pais de alunos denunciaram a falta de merenda escolar nas unidades de ensino da capital e interior do Estado.
Além disso pacientes e familiares reclamam da suspensão de cirurgias de média complexidade nos principais hospitais de Manaus, como o Prontos-Socorros, 28 de Agosto e Delphina Aziz.
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Mal explicado
Não ficou claro quem pagou a aluguel do jatinho Cesna (prefixo MDB), da Rico Linhas Aéreas, utilizado pelo governador em sua viagem.
Não há informações no Portal Transparência do governo sobre contratos do Estado com a Rico.
A Secretária de Comunicação não soube esclarecer se a viagem de Amazonino foi bancada com recursos públicos. Estamos de olho.
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Digital Influencer
Para piorar a história, o roteiro de viagem do Negão foi publicado em tempo real por um assessor que ostentava nas redes sociais, o jatinho de luxo e os pontos turísticos e luxuosos visitados no tour.
A denuncia publicada em primeira mão pelo Portal D24AM e você confere no link https://goo.gl/JWqCSi
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Denúncia
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas cobrou o pagamento de salários atrasados de jornalistas dos jornais, Em Tempo (Grupo Raman Neves de Comunicação – RNC) e A Crítica (Rede Calderaro de Comunicação – RCC) que regularizem os pagamentos dos salários dos jornalistas de suas redações.
Em caso de negativa das empresas em proceder ao correto pagamento dos profissionais, O SJPAM entrará com ações na Justiça do Trabalho para garantir os direitos dos jornalistas.
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Defesa do consumidor
O Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon/AM) firmou parceria com a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Manacapuru e a prefeitura de Manacapuru, para o retorno das atividades do órgão que há oito anos está desativado no município.
“Estamos arrumando a casa e trabalhando muito para que em um futuro próximo possamos estar presentes nos municípios do interior”, afirmou o gestor Paulo Radin.