Opinião | Presidente do TRE-AM reúne representantes de institutos de pesquisa, partidos políticos e imprensa
Desembargador João Simões se posiciona contra a tentativa de criminalização de institutos de pesquisa e afirma que é preciso respeitar a democracia
Após ameaçar juízes e desembargadores, Durango Duarte não cumpre a promessa e não comparece à reunião
Três agentes da Polícia Federal estavam presentes na reunião
Durango faz novas ameaças ao poder judiciário após reunião: “O mundo vai desabar sobre os irresponsáveis”
Seca afeta 10 mil pessoas, isola comunidades e causa desabastecimento no Amazonas
TRE-AM
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador João Simões, comandou a reunião convocada a pedido de institutos de pesquisa, que manifestaram preocupações em relação à tentativa de criminalização das pesquisas eleitorais promovidas em uma aliança pelo PL e Avante.
Garantias foram dadas pelo presidente do TRE-AM sobre o respeito à democracia e a ampla defesa dos institutos de pesquisa durante o pleito eleitoral.
Pegou falta
O empresário Durango Duarte, que na semana passada ameaçou o presidente do TRE-AM, desembargador João Simões, e todo o Poder Judiciário do estado, não cumpriu sua promessa e não participou da reunião.
“Enrrabar o judiciário”
Durango foi explícito em suas ameaças e chegou a afirmar que iria “enrrabar” os juízes e desembargadores.
“Vocês vão ser enrrabados. Eu vou destruir essa reunião. Eu vou denunciar o desembargador João Simões por abuso de autoridade.”
Enrrabado
Havia grande expectativa pela sua participação no evento, inclusive a reunião contou com a presença de três agentes da Polícia Federal, para melhor recepcioná-lo.
Ficou para a próxima.
Nova ameaça
Após a reunião, Durango foi procurado pelo portal Foco no Fato e informou que está hospitalizado em São Paulo e que por isso não pôde comparecer ao evento no TRE-AM.
No entanto, fez novas ameaças aos juízes e desembargadores. “O mundo vai desabar sobre os irresponsáveis”, disse Durango Duarte.
Até quando?
Até quando esse indivíduo, que foi o único na história do Amazonas a ter seu Título de Cidadão cassado, vai continuar ameaçando e coagindo o poder judiciário, executivo, legislativo, institutos de pesquisa, políticos e o estado democrático de direito?
A falta de ação ou qualquer tentativa de minimizar esses fatos passa uma impressão muito errada e perigosa para todos.
Entenda o caso
Em áudios que circulam na internet, Durango tentou pressionar o Judiciário para cancelar uma reunião proposta pelo presidente do TRE-AM a pedido de nove institutos de pesquisa eleitoral do Amazonas.
Intimidação
Esses institutos têm sofrido tentativas de criminalização por partidos políticos, manobrados pelo próprio Durango, que buscam desqualificar e cercear a divulgação de estudos eleitorais essenciais para o processo democrático, com suposições e ilações sem fundamento técnico e jurídico, tentando induzir a corte ao erro.
Participação
Participaram da reunião o Dr. Marcelo Vieira, membro do Tribunal Pleno e Coordenador do Comitê de Combate à Desinformação, que dirigiu a reunião e respondeu aos questionamentos dos presentes, os juízes-membros do Pleno, Dra. Giselle Falcone e Fabrício Marques, os juízes Coordenadores da Fiscalização da Propaganda, Dr. Roberto Taketomi e Gildo Carvalho, a Juíza Auxiliar da Presidência, Dra. Careen Fernandes, além do Procurador Regional Eleitoral, Dr. Rafael Rocha.
Além dos institutos de pesquisa, também estiveram presentes representantes de partidos políticos e a imprensa.
Seca
Com pouco mais de 17 mil habitantes, o município de Envira, no interior do Amazonas, já sofre os impactos daquela que pode ser a maior seca dos últimos anos no estado, segundo o governo estadual. Dez mil pessoas já foram afetadas pelo fenômeno, que também tem isolado comunidades, encalhado embarcações e causado problemas de abastecimento de insumos no município.
Preocupante
O cenário que se desencadeia em Envira é esperado para todo o estado. O governo do Amazonas prevê que a situação neste ano pode ser ainda pior do que a vivida no ano passado, quando foi registrada a maior seca da história do Amazonas. Até o momento, 20 das 62 cidades do estado já estão em situação de emergência. Em Manaus, o Rio Negro desceu 54 centímetros só em julho.
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