Opinião | “ONG investe só 11% do Fundo Amazônia em ações práticas”, diz Plínio Valério
Senadores acusam Ipam de desviar verba para inflar gastos internos
ONG ligada à Marina Silva recebeu R$ 35 mi do Fundo Amazônia e gastou 80% com viagens e consultorias
“Marina representa as ONGs e o capital estrangeiro. Não está preocupada com a população amazonense”, afirma Plínio Valério
CPI das ONGs é prorrogada até dezembro
Com Lula, Amazonas bate recorde de queimadas em outubro
Wilson Lima anuncia redução em focos de calor após reforço de efetivo e ações na região metropolitana de Manaus
David Almeida e vice-presidente Alckmin se reúnem para tratar da crise hídrica no Amazonas
Dr. George Lins solicita ações urgentes para evitar novos deslizamentos de terra em Jutaí
CPI das Ongs
O presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB), acusou nesta terça-feira (17) o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) de usar apenas 11% da verba recebida pelo Fundo Amazônia em serviços ambientais que beneficiaram diretamente a população da Amazônia.
A fala foi durante sessão da comissão no Senado Federal.
Ao todo, segundo o congressista, a instituição teria recebido R$ 25 milhões do repasse internacional em 2022, dos quais R$ 6 milhões teriam sido gastos na elaboração do projeto anunciado e apenas R$ 2,8 milhões em ações práticas.
Mamata
Plínio ainda declarou que, do orçamento interno de R$ 39 milhões, mais de 50% teria sido reservado para o pagamento de salários de funcionários.
Somados os gastos com viagens, parcerias e consultorias, o valor subiria para mais de 80% da verba.
O instituto é mantido, principalmente, por fundos internacionais e repasses públicos.
Marina representa as ONGs e o capital estrangeiro. Não está preocupada com a população amazonense”, afirmou o senador do Amazonas.
Ligação com ministra
A CPI também foi marcada por fortes questionamentos dos senadores quanto à postura da ONG, que é ligada à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Marina ocupa o cargo de conselheira honorária da ONG.
Privilégios
Os senadores levantaram dúvidas sobre a atuação da ministra.
Isso porque Marina, supostamente, privilegia ONGs ao facilitar a distribuição de dinheiro do Fundo Amazônia para essas organizações.
Marina também compõe o Comitê Orientador do Fundo, conforme a comissão.
“Promíscua”
Durante depoimento da CPI, o senador Plínio Valério afirmou que a relação entre as ONGs e integrantes do governo Lula, como Marina, é “promíscua”.
Prorrogada
O Senado prorrogou, por mais 57 dias, os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, na terça-feira 17.
Agora, a CPI vai até o dia 19 de dezembro.
“A CPI das ONGs foi oficialmente prorrogada por mais 57 dias. Com apoio maciço de 41 senadores o requerimento de prorrogação foi lido agora pelo presidente Rodrigo Pacheco. Descobrimos só a ponta do iceberg. Teremos mais 57 dias para escancarar a caixa-preta das ONGs milionárias.”, disse Plínio Valério.
Queimadas
Com o governo Lula, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 11.161 focos de queimada na região Norte do país nos 16 primeiros dias de outubro.
No Amazonas, o número de queimadas registradas já supera, em outubro, a maior marca em 25 anos desde que os dados começaram a ser compilados pelo Inpe.
Já foram registradas 2.940. O recorde anterior foi em 2009, com 2.409 focos.
Ações
O governador Wilson Lima anunciou, nesta terça-feira (17), redução no número de focos de calor após reforço no efetivo para combater incêndios na região metropolitana de Manaus. Entre os dias 8 e 10 de outubro, foram registrados só nessa área 415 focos de calor, ocorrências que caíram para 28 entre os dias 11 e 15 deste mês.
“A gente tem um conjunto de situações, primeiro essa ação que se intensificou e também as chuvas que caíram nos últimos dias ajudaram a diminuir sensivelmente a questão desses focos de calor aqui na região metropolitana”, avaliou Wilson Lima.
David em Brasília
O prefeito de Manaus, David Almeida, tem audiência com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (18), em Brasília.
Na pauta do encontro, a crise hídrica pelo qual passa o Amazonas e a busca de soluções que amenizem os impactos da estiagem histórica, que afeta comunidades ribeirinhas em Manaus, agora sem o acesso pelos rios.
Desde o agravamento da estiagem, a Prefeitura já atendeu mais de 5 mil famílias do entorno da capital com ajuda humanitária.
Deslizamentos
O deputado estadual Dr. George Lins (União Brasil), por meio de requerimento, solicitou ao Governo do Estado medidas urgentes para prevenir novos deslizamentos de terras no município de Jutaí, na região do Alto Solimões. O parlamentar levou o tema à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira (17).
As medidas, segundo o parlamentar, poderão evitar a repetição de ocorrências lamentáveis como o deslizamento de fevereiro deste ano na própria cidade de Jutaí e o que atingiu mais de 40 casas e vitimou duas pessoas na comunidade de Arumã, em Beruri, no rio Purus.
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