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Opinião | Em Manaus, Lula passa mal, é vaiado e tem comício abaixo da expectativa

Opinião | Em Manaus, Lula passa mal, é vaiado e tem comício abaixo da expectativa

Comício de Lula reuniu 9.000 pessoas; Braga e PT que organizaram o evento esperavam 40 mil

Lula passa passou mal em visita ao MUSA

Candidato do PT fala em criar ministérios e acena a regimes ditatoriais e à política do pão e circo

Evento tem Omar Aziz e Eduardo Braga juntos ao lado do líder petista

Sinésio Campos diz que Bolsonaro precisa ‘pegar um cacete’ nas eleições

Deputado critica privatização da Amazonas Energia, articulada por Braga

Omar comete gafe ao dizer que Lula nasceu em SP e compará-lo a Jesus

Senador puxa gritos de ‘fora, Bolsonaro’

Braga promete auxílio de R$ 1,1 mil, mas com mais da metade pago pelo Governo Federal

Abaixo do esperado

Isso jamais será verbalizado e admitido, mas a passagem de Lula (PT) pelo Amazonas ontem (31), foi muito abaixo das expectativas da cúpula do Partido dos Trabalhadores local e, também, de seus principais defensores no Estado, como o senador e candidato à reeleição Omar Aziz (PSD) e o senador e candidato a governador Eduardo Braga (MDB).

Além de ter sido incomodado na noite de terça-feira para quarta-feira — já que manifestantes foram para porta do hotel onde o petista estava hospedado para gritar palavras de ordem — Lula também ouviu vaias, ainda que tímidas, na visita que fez pela manhã à Moto Honda, teve um pequeno mal-estar na visita que fez a tarde ao Museu da Amazônia (MUSA) por conta do calor, e a noite se deparou com um comício que esteve longe de sua lotação máxima.

Clarão

Por volta das 21h30, quando Lula ainda discursava, era possível ver o “clarão” na parte de trás do Espaço Via Torres, no bairro de Flores.

Isso porque os apoiadores que estiveram no local se aglomeraram na frente do palco deixando um bom espaço vazio do meio para trás.

Compare

Para se ter uma ideia de quão abaixo da expectativa foi a presença do público no evento, basta comparar as imagens de ontem que circularam nas redes sociais com as do lançamento da campanha de reeleição do governador Wilson Lima (União Brasil), no início do mês, no mesmo local.

Sem medo de errar, é possível afirmar que o comício petista não tinha nem 1/4 das 40 mil pessoas previstas para o comício.

Discurso manjado

Somado à pífia presença de público, o discurso de Lula ajudou a criar o “show de horror” que foi o evento. Foram as mesmas promessas de sempre e o mesmos acenos de outrora.

Prometeu preservar a Zona Franca de Manaus (ZFM) – que com o último decreto presidencial já está em segurança -, criar os ministérios da Mulher e dos Povos Originários, ou seja, aumentará o tamanho da máquina pública, e afirmou que vai gerar emprego no País para que os brasileiros possam tomar sua cerveja e comer seu churrasco.

Aceno

Em determinado momento, elogiou o embaixador da Venezuela, país que vive uma ditadura que Lula e o PT insistem em afirmar que é democracia, que, segundo ele, não são tratados com o devido respeito e atenção pelo presidente Bolsonaro.

Críticas

Obviamente que também fez críticas a Jair Bolsonaro.

Chamou o presidente de demente, genocida, afirmou que o atual mandatário da nação não gosta das mulheres, dos índios e dos pobres e se comprometeu em fazer uma festa da vitória em Manaus, mas não com motociata e sim em passeata para, segundo ele, abraçar e olhar nos olhos das pessoas.

A pergunta que não quer calar é: por que não fez isso nesta visita? Poderia ter ido passear no Centro ou na zona leste para testar, de fato, sua popularidade.

Unidos, mas nem tanto

Nessa eleição Lula conseguiu reunir Omar e Braga no mesmo palanque. Isso não acontecia há muitos anos, uma vez que a dupla, que lá atrás já foi aliada, se distanciou nos últimos tempos.

Por mais que não tenham se elogiado, os senadores, ao menos, destacaram a candidatura um do outro.

Lula também ajudou a pacificar o clima ao afirmar que Braga é seu candidato ao Governo e Omar ao Senado.

Cacete

Em um momento de empolgação, o deputado estadual Sinésio Campos, deslizou nas palavras e afirmou que Jair Bolsonaro precisa “pegar um cacete” nas eleições.

É claro que ele usou essa expressão para se referir à derrota do atual presidente, no entanto, como é do PT, deveria ter sido mais calmo, já que a sigla criticou com veemência quando em 2018 num comício no Acre, Bolsonaro disse que era necessário “fuzilar a petralhada” nas urnas.

Gafe

Além do deslize, Sinésio também cometeu uma gafe. Ele criticava as privatizações no Brasil e citou a Amazonas Energia, concessionária de energia elétrica do Estado.

Segundo ele, a privatização dela foi um roubo, mas esqueceu-se que Eduardo Braga não só articulou como pôde essa venda, como tem ações da empresa.

Menos, Omar

No entanto, o prêmio de discurso sem noção da noite foi para Omar Aziz. O senador do PSD teve a ousadia – ou seria cara de pau? – de comparar Lula a Jesus Cristo, já que, segundo ele, ambos foram condenados sem nada dever.

“Jesus foi preso após um conluio entre os judeus e Roma, da mesma forma que tentaram destruir Lula, com um conluio entre juízes e o Ministério Público”, disse.

E aí, caro leitor, o que acha dessa comparação?

Gafe 2

Assim como Sinésio, Omar também cometeu uma gafe ao dizer que Lula nasceu em São Paulo.

Na verdade, o petista nasceu em Caetés, em Pernambuco.

Constrangimento

Em outro momento, logo após falar sobre os vários tipos de violência contra mulher, o senador do PSD disse que elas nem sempre têm razão e fez uma piadinha no mínimo infeliz.

“Quando elas mandam aquela mensagem no zap ‘ta onde? Ta com quem? Vamos fazer uma ligação de vídeo? Isso acaba com a gente’”.

Janja, a mais nova esposa de Lula, não gostou do comentário e fez uma cara de reprovação e deu um sorriso amarelo.

“Fora, Bolsonaro”

Também partiu de Omar o grito de “fora, Bolsonaro”. Ele puxou o coro após dizer que todas pessoas no local estavam sem máscara por conta da vacina.

“Randolfe, eles estão sem máscara por conta da vacina”, disse se dirigindo ao senador amapaense Randolfe Rodrigues, que esteve no evento.

Só esqueceu de dizer que quem garantiu e pagou as vacinas foi o governo federal.

Assim é fácil

Braga também foi incisivo em seu discurso. Fez críticas a Wilson Lima e pediu que os militantes multipliquem os votos, convencendo os amigos e familiares a darem a Lula e a ele mais um voto de confiança.

O senador também fez promessas: disse que irá, caso eleito, pagar um auxílio de R$ 1,1 mil, no entanto, pretende entrar somente com R$ 500 e os outros R$ 600 serão do Auxílio Brasil, benefício criado e ampliado por Jair Bolsonaro.

Homenagem

A vice de Braga, a enfermeira Anne Moura, que está grávida de sete meses, revelou que seu filho se chamará Simon Luiz em homenagem a Lula, que também se chama Luiz.

Time unido

Além de Randolfe, também acompanharam Lula na agenda em Manaus o ex-ministro Aloizio Mercadante – que trabalha na confecção do plano de governo do PT -, o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo e a presidente nacional do PC do B, Luciana Santos.

Amazonenses

Os amazonenses presentes foram os petistas Zé Ricardo, Sassá da Construção Civil, João Pedro e Sinésio, a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e também Marcelo Ramos (PSD).

O prefeito de Manaquiri, Jair Solto (MDB) e de Tabatinga, Saul Bemerguy (MDB) também marcaram presença.

 

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