Opinião | Direita vence esquerda na Argentina: “Viva la liberdad, carajo!”
Javier Miliei vence Sergio Massa 21 de 24 distritos e esmaga esquerdista no interior da Argentina
Milei chama Lula de corrupto e comunista e convida Bolsonaro para a posse
Lula é dos maiores derrotados na Argentina
Vitória de Milei fortalece discurso da direita brasileira e anima eleitorado
Bolsonaro chama Dino de “baleia” e ironiza investigação
Mexeu com uma, mexeu com todas, “menos se uma for judia”
Jornalista critica silêncio das feministas diante dos ataques do Hamas contra mulheres judias e revela um testemunho das violações
Vitória da direita
“Viva la liberdad, carajo!”
O slogan de Javier Milei foi capaz de cativar e seduzir uma multidão cansada de autoritarismo, falência institucional e crise econômica.
Miliei, venceu o peronista Sergio Massa, por 55,7% a 44,3%, no 2º turno realizado nesse domingo na Argentina.
Além da vantagem no total de votos, o ultraliberal varreu o adversário em quase todas as províncias do país, vencendo em 21, dos 24 distritos argentinos.
Povo é soberano
Para a elite da esquerda que se diz “pensante” e “refinada”, Milei é tosco, “radical”, e a política precisa ficar com os políticos profissionais – justamente aqueles responsáveis pelo caos argentino.
O povo ousou discordar.
Contra o sistema
Sem aparato midiático, sem estrutura partidária poderosa, sem tantos recursos, Milei falou aos corações de muitos eleitores, lembrando que política não pode ser apenas planos racionais e números frios.
Tratado com desprezo e alvo de deboche desde o começo, o libertário enfrentou uma campanha sórdida de medo, incutido no povo por meio dos marqueteiros do sistema, alguns até enviados por Lula para ajudar.
Venceu, com folga.
“Comunista e corrupto”
Falando em Lula, o presidente eleito da Argentina em diversas oportunidades – chamando-o de “presidiário”, “ladrão”, “corrupto” e “comunista”.
Milei tem clareza moral para chamar as coisas pelos seus nomes. Lula é sim tudo isso, e todos com bom senso sabem.
Convite
Milei ligou para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o convidou para a sua posse como novo presidente eleito da Argentina.
Os dois são ideologicamente próximos e um fez campanha para o outro em 2022 e 2023.
Em suas redes sociais Bolsonaro agradeceu o convite e se disse feliz com vitória.
“Hoje a Argentina representa muito para todos aqueles que amam a democracia e respiram liberdade.”
Não vai
Lula já afirmou que não comparecerá à posse de Milei.
Pode ser por conta do peso na consciência de ter mandado R$ 1 bilhão do nosso imposto para ajudar a campanha da esquerda na Argentina, e mesmo assim ter levado ferro.
A esquerda é assim. Faz lambança e quem paga a conta é você leitor.
Como Margareth Thatcher disse: ‘O problema com o socialismo é que ele só dura até acabar o dinheiro dos outros.’
O tal do “extremista”
A grande mídia brasileira o chama Milei de ultradireitista ou de extrema direita.
É a mesma imprensa que jamais utiliza a expressão extrema esquerda, nem mesmo quando temos comunistas assumidos que idolatram regimes ditatoriais.
O novo presidente da Argentina derrotou todos esses militantes disfarçados de jornalistas, e este último domingo foi dia de choro nas redações.
Principalmente na Globo.
Bitolados
Essa turma teve a pecha de alegar que Milei representava a incerteza, um risco enorme, uma aventura imprevisível, tudo isso ignorando que seu adversário era ninguém menos do que o ministro responsável pela desgraça econômica, com inflação acima de 140% ao ano e miséria chegando a 40% da população.
Realidade
Milei tem ideias mais ousadas e libertárias, mas a realidade se impõe, e ele terá de ceder.
Já fez concessões durante o segundo turno, abandonou algumas das ideias mais radicais, atraiu moderados como Macri, Vargas Llosa e outros.
Congresso dividido
Com Congresso dividido, claro que o projeto libertário de Milei não vai ser implantado na íntegra, nem perto disso.
Mas a guinada, ao menos, vai na direção certa.
Privatizações, redução de ministérios, mais liberdade individual e menos privilégios: os peronistas, acostumados a décadas de esquemas e mamatas, estão preocupados.
O povo está com esperança.
Desafios
As expectativas precisam ser realistas, para não produzir tanta decepção.
Os desafios são hercúleos, e a imprensa vai apontar cada problema do país como se fosse culpa de Milei a partir do ano que vem.
O jogo é sujo. A esquerda suja, a direita vem limpar e leva a fama pela sujeira.
Falta honestidade aos jornalistas, aos políticos.
Alívio
Mas a Argentina, ao menos, respira aliviada: poderia ter cometido suicídio coletivo de vez neste domingo, e rejeitou tal destino cruel.
O projeto totalitário comunista do Foro de SP conta agora com uma pedra em seu sapato.
Democracia ainda vive
O que vem pela frente é pedreira, mas todos os que defendem a liberdade têm direito a um momento de regozijo, comemoração, felicidade.
Sem um TSE partidário, com voto impresso, os argentinos deram um chega pra lá nos comunistas corruptos.
A democracia ainda vive no continente.
Endireitar a América
Que a virada argentina seja apenas o começo de uma enorme onda para endireitar a América, principalmente e Latina, quase toda dominada por extremistas de esquerda e seus companheiros do narcotráfico.
Nas redes sociais, a oposição comemorou com centenas de milhares usuários subindo a hashtag #Trump2024 e “#Bolsonaro2026”.
“Baleia”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou o inquérito da Polícia Federal que o investiga por possível crime de “importunação” de uma baleia jubarte em São Sebastião, no litoral de São Paulo, em junho deste ano.
Irônico
Ao mencionar a investigação, Bolsonaro chamou o ministro Flávio Dino (Justiça) de “baleia”, sem citar o seu nome. “Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim lá na Esplanada é aquela que está no ministério. É aquela que diz que eu queria dar o golpe agora no dia 8 de Janeiro. Mas, aquela baleia some com os vídeos do seu ministério”, disse em evento do PL Mulher em Porto Alegre (RS).
Silêncio das feministas
Em artigo no portal Unherd, a jornalista Nicole Lampert criticou o silêncio das feministas diante dos ataques do Hamas contra mulheres judias e revelou o testemunho de um socorrista sobre violações cometidas com requintes de crueldade.
“MeToo unless you’re a Jew”
O título em inglês, que faz referência ao movimento “MeToo” (“EuTambém”), viralizado em 2017, é uma síntese provocadora cuja rima se perde na tradução: “MeToo unless you’re a Jew” (“MeToo a menos que você seja judia”).
Negacionismo
Nicole começou o texto lembrando a relutância da BBC em informar que os judeus eram as principais vítimas dos nazistas alemães, quando um campo de concentração (o Bergen-Belsen) foi liberado em 1945.
Ela apontou, então, uma “relutância similar” diante do massacre de 7 de outubro de 2023, que chega ao negacionismo.
Esquerda
No Brasil, o cenário não é muito diferente, já que o movimento feminista também foi instrumentalizado pela esquerda, que, encabeçada por Lula, só sai em defesa das mulheres se a iniciativa convergir com a sua pauta político-ideológica.
Em outras palavras: mexeu com uma, mexeu com todas, menos se uma for judia. Ou de direita, claro.
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