Opinião | Pré-candidatos ao Governo do Amazonas apostam nas redes sociais para turbinar suas campanhas
Levantamento mostra desempenho de Wilson Lima, Eduardo Braga e Amazonino Mendes
Pesquisa aponta que quase metade dos eleitores compartilham conteúdo sobre política e eleições no seu perfil pessoal
Data Senado diz que 45% dos eleitores decidem seu voto com base em informações vistas em redes sociais
Wilson Lima lidera em número de seguidores e comentários
Amazonino lidera em número de curtidas em publicações
Eduardo Braga lidera os gastos com impulsionamento nas redes sociais com R$ 48.861
Fake News avançam em disputa eleitoral
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Redes socais
Não é de hoje que as redes sociais são um fator quase decisivo nas eleições.
Essas ferramentas são poderosas para que os candidatos possam se apresentar, interagir com os eleitores, expor suas ideias, ideologias, convicções e mostrar seu plano de governo e seus resultados, caso já tenha exercido algum mandato no passado.
Por outro lado, as redes sociais também funcionam para disseminar notícias enganosas, incluindo as chamadas fake News — que são notícias falsas — sobre um determinado partido ou político, de modo a gerar percepção ruim e influenciar de forma destrutiva a disputa eleitoral.
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Decisivo
De fato, a internet se tornou um ponto tão crucial nas eleições que uma recente pesquisa feita pelo Instituto Datafolha expõe que 46% dos eleitores compartilham conteúdo sobre política e eleições em suas redes sociais.
Frente a esse cenário, não se pode negar que definitivamente os aplicativos e sites da internet se fundiram à política de forma a influenciar significativamente no resultado das eleições.
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Campanha
Oficialmente, a propaganda eleitoral na internet e nas redes sociais começa dia 16 de agosto. Já a de rádio e televisão terá início no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro para o primeiro turno.
Mas, nas redes sociais dos pré-candidatos ao Governo a campanha já começou faz tempo.
O uso das plataformas digitais pelos postulantes não é proibido e ainda pode ser impulsionado para que mais pessoas recebam.
Na pré-campanha só não aparecem o número do pré-candidato e o pedido de “no dia 2 de outubro vote em mim”.
Isso a legislação não permite, só a partir do dia 16 do próximo mês.
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Vale quase tudo
De resto, tem de tudo nas redes sociais: jingles, campanha nas ruas, abraços e aperto de mãos nos eleitores, discursos, aplausos, conquista de novos apoios, depoimentos de aliados, promessas e propostas de governo.
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Candidatos
Enquanto aguardam o início da propaganda eleitoral, os candidatos ao Governo do Amazonas seguem turbinando suas equipes, ajustando os últimos detalhes das estratégias e se apresentando de forma descontraída nas redes sociais para alcançar um público mais amplo e, assim, alavancar as candidaturas no ambiente digital.
E se tratando de números, o governador Wilson Lima (União Brasil), o senador Eduardo Braga (MDB) e Amazonino Mendes (Cidadania) saem na frente.
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Seguidores
No ranking de número de seguidores, Wilson é líder com 481 mil (301 mil no Instagram e 180 mil no Facebook).
Braga vem em segundo com 375 mil seguidores (49 mil no IG e 326 mil no FB).
Amazonino aparece com 118 mil seguidores (55 mil no IG e 63 mil no FB), Henrique Oliveira (Podemos) com 102 mil seguidores (8 mil no IG e 94 mil no FB), Ricardo Nicolau (Solidariedade) com 50 mil seguidores (17 mil no IG e 33 mil no FB), Carol Braz (PDT) com 36 mil seguidores (20 mil no IG e 16 mil no FB) e Marcelo Amil (Psol) com 14 mil seguidores (11 mil no IG e 3 mil no FB).
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Curtidas
Em relação a maior influência nas redes sociais, contabilizando as dez últimas postagens do IG e FB, o ex-governador Amazonino Mendes lidera com 27.223 curtidas, seguido do governador Wilson Lima em segundo com um total de 20.369 curtidas.
O senador Eduardo Braga aparece com um total de 5.145 curtidas, Carol Braz com 2.289 curtidas, Ricardo Nicolau com 2.134 curtidas e Marcelo Amil com 570 curtidas.
Henrique Oliveira não vem utilizado as redes sociais com regularidade e sua última publicação política foi em outubro de 2021.
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Comentários
Quando analisamos os perfis e páginas que receberam mais comentários nas últimas dez postagens do IG e FB, o governador Wilson Lima lidera o ranking com 5.049 comentários.
Seguido de Amazonino Mendes com 3.551 e Eduardo Braga com 1.693 comentários.
Carol Braz obteve 517 comentários, seguida de Ricardo Nicolau com 259 e Marcelo Amil com 35.
A levantamento foi feito pelo Direto ao Ponto e levou em consideração as últimas dez publicações feitas até o dia de ontem (25).
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Gastos
O Direto ao Ponto também realizou um levantamento de gastos dos últimos 30 dias no portal da transparência do FB dos candidatos ao Governo do Amazonas, com anúncios sobre temas sociais, eleições ou política.
Eduardo Braga lidera os gastos com R$ 48.861. Ricardo Nicolau gastou R$ 15.199, Wilson Lima gastou R$ 14.314 e Amazonino Mendes gastou R$ 9.426.
Carol Braz, Marcelo Amil e Henrique Oliveira não utilizaram o recurso de impulsionamento nesse período.
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Fake News
Outra guerra que será travada nessa eleição é a da desinformação.
À medida que o pleito se aproxima, a circulação de montagens e vídeos com temas políticos ganham espaço nas redes sociais e aplicativos de mensagem. Os memes e as adulterações buscam ludibriar o público, tentando provocar uma percepção favorável ou desfavorável sobre quem aparece nos conteúdos.
É sempre provável o aumento da circulação de fake news em eleições, porque são nesses momentos em que os eleitores estão mais dispostos a vender e defender seu candidato ou atacar seus adversários, custe o que custar; e porque tem se aperfeiçoado, ao longo dos últimos anos, infraestrutura tecnológica e ferramentas digitais que dão um caráter propagandístico à difusão de mensagem em um nível multiplataforma, o que favorece campanhas eleitorais não oficiais em lugares quase inalcançáveis.
E esse conteúdo é o que atrai um maior engajamento, com um efeito devastador quando utilizado.
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Ganhando mais força
A cada nova eleição, vemos as redes sociais ganhando mais força e influência no debate político. É um caminho sem volta.
O digital já é uma das principais fontes de informação para o eleitor e também o principal meio de comunicação de líderes políticos e candidatos.
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Efeito Obama
Para falarmos sobre esse fenômeno, precisamos voltar em 2008 — ano em que Barack Obama revolucionou a campanha política na internet.
No Brasil, vimos a expansão da influência das redes sociais na política em 2014. A partir daí a internet não só ganhou mais força, como virou um dos principais canais para falar sobre política e para fazer campanha política, como vimos nas eleições de 2018, com a vitória do Bolsonaro.
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Decisão do voto
De acordo com uma recente pesquisa do Instituto Data Senado, 45% dos entrevistados afirmaram ter decidido seu voto com base em informações vistas em redes sociais — e esse número é muito relevante.
Como dizem os especialistas em marketing digital: no mundo contemporâneo ou você é “ponto com” ou “ponto fora”.
E na política essa máxima também é uma realidade.
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