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Opinião | Bolsonaro consegue licença para asfaltar a BR-319 no Amazonas

Opinião | Bolsonaro consegue licença para asfaltar a BR-319 no Amazonas

Após 15 anos e três presidentes, Governo Federal retomará as obras

Governador Wilson Lima coloca estrutura do Estado à disposição para ajudar Bolsonaro

Roberto Cidade celebra decisão do Ibama e diz que lutou pela rodovia

Amazonino cumpre agenda em Manicoré e Humaitá

Lula bate martelo: candidatos do PT no Amazonas são Braga e Aziz

“Não vou indicar o vice pela amizade, mas pela razão”, diz prefeito da Capital

David Almeida sobre Menezes: “É inimigo de Manaus”

Menezes come miojo com Bolsonaro e diz que PL ficará muito bem no Amazonas

Dia importante

O dia 28 de julho de 2022 ficará marcado como a data que deu fim a uma novela chamada BR-319.

Ontem, enfim, a licença ambiental que travou as obras de reconstrução da rodovia que liga Manaus a Porto Velho (RO) foi emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Há 15 anos os governos federal e estadual aguardam por essa decisão.

Sem a licença prévia, o poder público só podia fazer a manutenção do trecho, que virou praticamente terra. Agora, será possível seguir com projetos e obras de reconstrução e asfaltamento.

Saída do isolamento

Considerada crucial para tirar o Amazonas do isolamento do restante do Brasil, a estrada de 870 quilômetros teve sua construção finalizada na década de 70.

Ao longo dos anos, no entanto, uma série de entraves ambientais fez com que planos de retomada das obras fizessem parte de praticamente todos os governos desde a redemocratização.

Atualmente, apenas dois trechos estão pavimentados: os primeiros 198 quilômetros e os 164 quilômetros finais.

Promessas

As promessas de recuperação da BR-319 passaram pelos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff.

Jair Bolsonaro (PL) também prometeu asfaltar a rodovia.

Por falta de vontade política ou de articulação, o fato é que de lá pra cá, o Amazonas já teve ministros e pessoas de extrema confiança em todas essas gestões, já foram gastos bilhões em estudos e manutenção, e só agora uma esperança surgiu.

FHC

Em 1996, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) incluiu a recuperação da rodovia no seu plano estratégico Brasil em Ação, mas o projeto nunca saiu do papel.

Lula

Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) separar R$ 697 milhões para reabrir a rodovia, um investimento anunciado em 2007 como parte dos R$ 500 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

À época, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PL), foi um dos principais defensores da reabertura da estrada, que ele advoga desde a sua primeira passagem pela pasta, em 2005, mas também não teve êxito.

Dilma

Ainda como pré-candidata à presidência da República, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff chegou a ir em Humaitá, no sul do Amazonas, onde reforçou a promessa e o compromisso do governo Lula de asfaltar a BR-319.

O encontro contou com a presença do principal apoiador na época, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, que na sequência se elegeu senador e virou ministro de Minas e Energia no governo Dilma.

Braga também não fez valer seu prestígio e amizade com Dilma e o governo PT para asfaltar a BR-319.

Dinheirão

A verdade é que nesse intervalo um dinheirão foi gasto e nada do asfalto chegar.

Já foram gastos com a manutenção e reformas da rodovia quase R$ 3 bilhões em uma década, e outros R$ 100 milhões já foram gastos em estudos de impactos ambientais.

Além disso, quantas vidas teriam sido salvas se a BR-319 estivesse trafegável?! Foi preciso um esforço extraordinário para trazer oxigênio pela rodovia durante a segunda onda da Covid-19.

À disposição

O fato é que com essa licença, ao que parece, o sonho se tornará realidade.

Ciente da importância da BR-319 para economia do Estado, o governador Wilson Lima (União Brasil) colocou o Governo do Amazonas à disposição para auxiliar o Ministério da Infraestrutura.

“Coloquei o Estado à disposição para ajudar no que for necessário. A BR-319 é um sonho do povo do AM e está prestes a se tornar realidade.”, disse o governador.

Comemoração

A notícia também foi comemorada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (União Brasil), que tem uma forte atuação nos municípios do sul do Amazonas e sabe muito bem da importância da rodovia asfaltada para a economia do Estado.

Ele afirmou, em publicação no Tiwtter, que a pavimentação da rodovia sempre foi uma bandeira defendida em seu mandato.

“A recuperação da rodovia tem sido uma bandeira do nosso trabalho e estamos confiantes de que, finalmente, veremos esse sonho ser concretizado”, escreveu.

Pelo interior

E quem teve uma quinta-feira corrida foi o pré-candidato ao Governo, Amazonino Mendes (Cidadania). A dois dias da convenção do partido – que será no dia 30 de julho – ele viajou com aliados a Manicoré e Humaitá.

Chamou atenção a presença do governador cassado, José Melo (Pros), na comitiva de Amazonino. Além dele, também estavam os dois postulantes a vice na chapa: Humberto Michiles e Armando Mendes, ambos do PSDB.

Decidido

Aquilo que já se desenhava agora é oficial. Em reunião da executiva nacional em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu apoiar as candidatura de Eduardo Braga (MDB) ao Governo e Omar Aziz (PSD) ao Senado.

No encontro, foi colocado na mesa a possibilidade de apoio ao deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade), que também é postulante ao comando do Amazonas.

Histórico pesou

O que pesou em favor do emedebista foi o histórico de alinhamento com o PT e, também, o fato dele estar melhor cotado nas pesquisas do que Nicolau.

Atualmente Braga aparece na terceira colocação na preferência do eleitorado, atrás de Wilson e Amazonino.

Decisão girafa

Por falar em disputa ao Governo, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que irá indicar o vice na chapa de reeleição de Wilson, afirmou a escolha será feita no estilo “decisão girafa”.

Na analogia do prefeito, a girafa tem a cabeça lá no alto, longe do coração, ou seja, vai usar mais a razão do que a emoção.

E esse será o critério de escolha, que está entre Marcos Rotta (PP), Sabá Reis, Shádia Fraxe e Tadeu de Souza, os três do Avante.

Críticas

David também teceu comentários acerca de Coronel Menezes (PL), que é pré-candidato ao Sendo e, ao que tudo indica, ficará no arco de aliança de Wilson Lima.

O chefe do Executivo Municipal disse que respeita a decisão do governador de ter o militar como aliado, mas que não pode apoiar alguém que “é inimigo de Manaus”.

“O candidato do PL já se declarou ser inimigo de Manaus. Ele mesmo diz que boicotou Manaus com recursos na ordem de quase R$ 1 bilhão. Eu não sou obrigado a apoiar um inimigo de Manaus e eu considero esse cidadão um inimigo da minha cidade”, disse.

Miojo presidencial

Falando em Menezes, ele esteve ontem (28) em Brasília (DF), e se encontrou com Jair Bolsonaro para traçar estratégias de campanha, tanto em nível nacional quanto local.

O militar da reserva do Exército disse, inclusive, que almoçou um miojo com salada e lasanha com o mandatário da nação.

Coisas boas

Ao Direto ao Ponto, Menezes adiantou que o PL ficará muito bem no Amazonas.

Ficou definido, também, que Bolsonaro virá em duas oportunidades ao Amazonas durante o período eleitoral.

 

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