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Opinião | Caso Simone Biles e a exaltação do descompromisso

Opinião | Caso Simone Biles e a exaltação do descompromisso

Inversão de valores toma conta do mundo atual

Mídia deixa superação dos atletas em segundo plano

Adversidade não é motivo de desistência

Derrota do compromisso

Na última semana, a norte-americana Simone Biles, atleta multicampeã olímpica na ginástica, surpreendeu o mundo ao anunciar sua desistência dos Jogos Olímpicos de Tóquio com a competição já em andamento para cuidar de sua saúde mental.

Imediatamente, a ginasta passou a ser celebrada por boa parte da grande mídia, políticos de esquerda, parte de atletas, artistas. Até o presidente dos EUA, Joe Biden, enalteceu a decisão de Biles, seguindo a cartilha dos lacradores que buscam tirar uma casquinha do que aconteceu.

O episódio, no entanto, revela que os ditos formadores de opinião atualmente fomentam uma forte inversão de valores.

Direto ao Ponto

É cômodo falar sem vivenciar na pele o que pessoas como Biles enfrentem diariamente. Zelar pela saúde mental é um exercício diário. É preciso ter sensibilidade, sim, afinal, todos somos pessoas e não máquinas. Nisso, Simone Biles realmente foi um exemplo.

No entanto, comemorar a desistência é enterrar a essência do esporte: a superação. Além disso, é, igualmente, aplaudir o descompromisso público, já que, Simone poderia, até mesmo em respeito às suas companheiras de equipe e a seu país, ter recuado antes das Olímpiadas começarem.

Heroísmo em segundo plano

É no mínimo intrigante observar a discrepância na relevância dada ao caso Biles em relação às dificuldades sofrida pelos os atletas, que tiveram que se preparar para as Olimpíadas em meio à pandemia, treinar sem as devidas condições e conviver com perdas familiares.

A medalhista de ouro no salto, Rebeca Andrade, venceu lesões para conquistar o lugar mais alto do pódio. O nadador Fernando Scheffer, medalha de bronze nos 200m livres, treinou em um açude durante a pandemia.

Além deles, todos o que pisaram os pés no Japão para competir têm uma história de adversidade e superação.

Esforço e sacrifício

Por isso, uma coisa é dizer: “Simone Biles saiu, mas vamos ter um pouco de empatia, vamos respeitar a decisão e as limitações dela”. Outra bem diferente é dizer: “Simone Biles desistiu. Vejam como ela é corajosa.”

Já pensou se Neymar desistisse de jogar no meio do segundo tempo de uma final de copa do mundo, porque não estava mais “se divertindo” ao jogar bola ou por estar “se sentindo pressionado”? Ele seria elogiado por essa atitude?

Inversão de valores

Contrastar esse episódio com a história da maratonista suíça Gabrielle Andersen – que nas Olimpíadas de Los Angeles (EUA) em 1984, ficou famosa ao, literalmente se arrastar cambaleante nos últimos 500 metros da prova da maratona feminina, para cruzar a linha de chegada na 37ª posição e conquistar aplausos do mundo inteiro por sua superação – é interessante para entender os valores defendidos pelo mundo pós-moderno.

Biles e a política

O drama de Simone Biles e a repercussão dele vai, muito além do esporte e serve de ensinamento para os eleitores que, em 2022, vão às urnas escolher governadores, deputados, senadores e presidente da República.

As reflexões e perguntas que devem nortear os brasileiros desde então são: “que tipo de líder político quero me representando? Homens e mulheres que enfrentam desafios com coragem, que trabalham em equipe ou os que confundem ter empatia com enaltecer a fraqueza?”

Massa de manobra

A verdade é que há uma clara guerra de valores e princípios sendo travada no mundo, e a política, claro, está inserida nesse processo. É preciso estar atendo e uma reflexão profunda.

Lênin, um dos maiores líderes da revolução comunista Russa já dizia: “Usaremos o “idiota útil” na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. O Estado será Deus.”

Então cuidado para não estar sendo usado como massa de manobra da esquerda!

 

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