Opinião | Wilson Lima é reeleito governador do Amazonas
Atual chefe do Executivo teve 56,65% dos votos válidos
‘Amazonas não o quer mais olhar para trás’, diz Wilson
Atual mandatário vence em 34 municípios; Eduardo Braga em 28
David Almeida celebra resultado das urnas: ‘O Amazonas venceu de novo
Braga agradece por votos e parabeniza Wilson
Lula vence segundo turno e é eleito presidente do Brasil pela terceira vez
‘Não existem dois Brasis, somos apenas um único povo, uma nação’, afirma petista
Jair Bolsonaro não se pronuncia sobre resultado das urnas
‘A democracia venceu’, comemora Omar Aziz
Capitão Alberto Neto alfineta Alexandre de Moraes: ‘parabéns, você venceu’
Ditadores da América Latina parabenizam Lula por vitória
Mais quatro anos
Se há um ano alguém afirmasse que o governador Wilson Lima (União Brasil) seria reeleito com mais de 10% de diferença do segundo colocado, até o mais otimista apoiador do mandatário do Estado duvidaria.
O fato é que com habilidade política e entregas, Wilson conseguiu transformar o inimaginável em realidade e venceu o pleito com ampla vantagem, batendo Eduardo Braga (MDB) com tranquilidade.
O governador do Estado renova o mandato por mais quatro tendo 56,65% dos votos contra 43,35% do senador emedebista.
Números
Em número absolutos, com 100% das urnas apuradas, Wilson Lima teve 1.039.192 votos e Braga 795.098.
Há quatro anos, o então novato na política teve uma porcentagem de voto maior (58,50%), mas neste ano teve mais votos do que há quatro anos, já que em 2018 teve 1.033.954 votos.
Olhar para frente
Após passar por uma pandemia, dificuldades de relacionamento com a Assembleia Legislativa do Amazonas nos dois primeiros anos de gestão e a maior cheia da história, Wilson soube se reinventar, tirar lições da adversidade e construir alianças que o fortaleceram de norte a sul do Estado, incluindo a capital.
Ciente do tamanho de seu feito, o governador fez um discurso emocionado após o resultado das urnas e destacou que o povo do Amazonas decidiu “não olhar mais para trás”.
“Nossa vitória é a certeza de que o povo do Amazonas não o quer mais olhar para trás. Minha gratidão a cada um de vocês que se empenharam nessa caminhada. Vamos continuar trabalhando e acordando cedo, sem hora para dormir”, disse.
Maioria
Dos 62 municípios do Amazonas, Wilson venceu em 34, incluindo a capital onde alcançou quase 60% dos votos.
Braga teve êxito em 28.
Com exceção de Parintins e Itacoatiara, o atual mandatário saiu vencedor nos maiores colégios eleitorais do Amazonas.
Comemoração
Um dos principais aliados de Wilson Lima e responsável pela indicação do vice, Tadeu de Souza (Avante), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), comemorou a reeleição do governador.
Ele esteve ao lado de Wilson na apuração no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), e saiu acompanhado do governador até a festa da vitória, que foi realizada em uma casa de shows na avenida do Turismo.
Nas redes sociais, David destacou que “o Amazonas venceu de novo”.
“Seguimos caminhando juntos com o governador Wilson Lima, motivados pelo compromisso no trabalho pelo nosso estado”, destacou.
Protocolar
Após o resultado das urnas, o candidato derrotado usou o Twitter e foi protocolar em suas palavras.
Agradeceu os quase 800 mil votos conquistados, aos prefeitos e políticos que o apoiaram no primeiro e segundo turno e, por fim, parabenizou Wilson pela conquista.
“Peço ao nosso Deus que guie e abençoe o nosso Amazonas. E aproveito para estender meus cumprimentos a Wilson Lima”, escreveu Eduardo Braga.
De volta
Aos 77 anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente do Brasil nessa que foi a eleição mais disputada da história do País.
Com 100% das urnas apuradas, o petista teve 50,9% dos votos válidos, ante 49,1% de Jair Bolsonaro (PL).
A diferença entre os adversários é a menor da história.
Em 2014, Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) com cerca de 3,4 milhões de votos de diferença.
A petista obteve 51,64% dos votos válidos. O tucano, do PSDB, teve 48,36%.
Menos de 2 milhões
Desta vez, a distância foi de pouco mais de 2 milhões de votos.
Pela primeira vez na história, um ex-presidente volta a ocupar o Palácio do Planalto.
Lula é o primeiro a ser eleito para um terceiro mandato.
Polarização
Os números comprovam a polarização vivida no País e deixam claro que os próximos anos serão de muita tensão.
Lula venceu, mas terá um Congresso de centro-direita para dialogar.
Terá, também, seus algozes na operação Lava-Jato – Sergio Moro (senador) e Deltan Dallagnol (deputado federal) eleitos no Paraná – e bolsonaristas eleitos por todo o país, como Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, Carlos Jordy, Capitão Alberto Neto, entre outros.
De volta
Falando em Lava-Jato, vale lembrar que o petista recuperou seus direitos políticos em março de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do petista.
Desde então, a disputa entre o Lula e Jair Bolsonaro estava desenhada, deixando pouco espaço para a ascensão da chamada “terceira via”, que foi desidratando ao longo do processo.
Sem força
Nomes como o do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de Sergio Moro (União Brasil), ficaram pelo caminho.
A escolha do PT por Geraldo Alckmin (PSB), que foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), legenda que historicamente rivalizou as disputas presidenciais com os petistas, para o cargo de vice-presidente na chapa, foi um marco da campanha eleitoral e recebeu críticas.
Trajetória
Esta foi a sexta vez em que Lula disputou a presidência da República, sendo a terceira vitória.
A primeira candidatura do petista aconteceu em 1989, quando enfrentou Fernando Collor de Melo (PRN) em primeiro e segundo turnos, sendo derrotado por uma diferença de pouco mais de 4 milhões de votos.
Nas eleições seguintes, em 1994 e 1998, Lula também perdeu, desta vez para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com uma diferença superior a 20% dos votos válidos em cada uma das eleições.
Vitórias
Em 2002, contra José Serra (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o seu primeiro mandato, com 61,27% dos votos, o equivalente a 52.793.364 eleitores.
Quatro anos depois, em 2006, o petista foi reeleito com 58.295.042 votos – então recorde do Brasil – em uma disputa contra Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a vice-presidente em sua chapa na eleição deste ano.
União
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula disse “não existem dois brasis” e que vai governar para 215 milhões de brasileiros, não apenas para aqueles que o elegeram.
E disse também “Conversei com a esquerda, com o centro e agora vou conversar com o outro lado, com a esquerda de novo, porque não existe direita no meu governo”.
O petista também agradeceu a Deus por ser “muito generoso” com ele e aos eleitores que comparecerem às urnas.
Silêncio
Até o fechamento desta edição da coluna de opinião do Direto ao Ponto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não havia se pronunciado sobre o resultado nas urnas.
Na última sexta-feira (28), durante o debate da Rede Globo, o mandatário da nação reafirmou seu compromisso com respeito ao resultado das eleições.
Democracia
Um dos principais desafetos de Bolsonaro, o senador Omar Aziz (PSD), que foi presidente da CPI da Covid, comemorou a vitória de Lula nas redes sociais.
Segundo Aziz, a democracia venceu e é hora de unificar o País.
“A democracia venceu! Os brasileiros foram às urnas e escolheram o presidente Lula como novo líder da nação. Agora, a missão é unificar o Brasil e ver o nosso povo prosperar novamente, rumo ao futuro que almejamos”, escreveu no Twitter.
Alfinetada
Já o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), vice-líder do Governo na Câmara, fez críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Ele postou uma foto em preto e brando do magistrado com a frase: “Parabéns, Alexandre de Moraes, você venceu!”.
Compromisso
Além de alfinetar o ministro, o parlamentar amazonense prometeu aos brasileiros “estar a postos para impedir a volta da roubalheira no nosso País.
Não acabou!”, afirmou o deputado.
Ditadores
Os ditadores da Venezuela, da Nicarágua e de Cuba enviaram congratulações a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no segundo turno das eleições no domingo 30.
Daniel Ortega, Nicolás Maduro e Diaz-Canel enviaram congratulações ao petista eleito no domingo.
Respeito
Independentemente se o leitor gostou ou não do resultado das urnas, nosso papel como democratas é respeitar a vontade soberano da população.
Aos que gostariam da continuidade de Bolsonaro, uma boa alternativa é já começar a pensar em 2024 e fazer uma boa base municipal, para só então preparar o terreno para 2026.
Novas lideranças
Até lá, caberá à direita saber observar e escolher qual das novas lideranças que irão surgir, será a melhor para carregar o projeto direitista no próximo pleito.
Uma coisa é fato. Bolsonaro perdeu, mas o bolsonarismo não morreu e a direita, mesmo em tantas incertezas, permanecerá combativa e vigilante, sobretudo nas redes sociais.
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