Opinião | Braga é acusado de lobby por privatização da Eletrobras
Deputados denunciam senador por relação com Lírio Parisotto
Pazuello passa mal e depoimento na CPI terá novo capítulo nesta quinta-feira
Wilson Lima rebate senadora e diz que não apoia tese de imunidade de rebanho
⭕
Eduardo Braga é denunciado
O senador Eduardo Braga (MDB) é alvo de uma denúncia feita pelos deputados federais Fernanda Melchionna (RS) e Glauber Braga (RJ), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – autarquia vinculada ao Ministério da Economia -, por fazer lobby pela privatização da Eletrobras.
Os parlamentares acusaram o emedebista de ter interesse na venda da estatal para beneficiar seu amigo e ex-suplente, empresário Lírio Parisotto, um dos grandes acionistas da companhia elétrica.
⭕
Entenda o caso
A Medida Provisória 1031, que trata sobre a privatização da Eletrobras, está às portas de ser votada na Câmara dos Deputados. Após aprovação, será encaminhada ao Senado, onde provavelmente Eduardo Braga será o relator.
Para os deputados, a relação próxima com Braga dá a Lírio Parisotto influência política e, possivelmente, acesso a informações privilegiadas no debate sobre a privatização da empresa, o que potencialmente cria vantagens que violam as normas de mercado
⭕
Relação antiga
A relação de Braga e Parisotto é antiga. Quando foi governador do Estado, Braga editou portarias, via Secretaria de Fazenda (Sefaz), isentando as empresas de seu amigo do pagamento de ICMS.
O que se comenta na alta sociedade manauara é que no período em que Braga governou o Amazonas, Parisotto passou de milionário para bilionário, a ponto de aparecer na lista da Revista Forbes como um dos homens mais ricos da América Latina.
⭕
De energia ele não entende
Vale lembrar que Eduardo Braga foi ministro das Minas e Energia no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) – entre dezembro de 2014 e abril de 2016 – onde teve uma atuação questionável.
Enquanto chefiou a pasta, conseguiu a façanha de aumentar em 66% a tarifa de energia elétrica no Amazonas somente no ano de 2015, provando que foi um grande vilão para a população do nosso estado.
⭕
Queda de pressão
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, passou mal durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado e continuará sua oitiva na quinta-feira (20).
Ele teve que ser atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que informou uma queda de pressão arterial do general do Exército.
⭕
Contradições
O depoimento mais aguardado desde o início dos trabalhos da Comissão, foi marcado por uma série de contradições. Uma delas, relacionada à crise de oxigênio vivenciada no Amazonas em janeiro.
Pazuello afirmou que só tomou conhecimento do baixo estoque do insumo no dia 10 de janeiro. No entanto, o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado, citou um documento do próprio Ministério da Saúde que desmente a versão apresentada e afirma que a pasta foi informada no dia 7.
⭕
Wilson rebate acusação de senadora
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), rebateu, em publicação no Twitter, a acusação da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) que defendeu a tese de imunidade de rebanho no Amazonas.
“Sempre baseei nossas ações na ciência e nas orientações dos especialistas em Saúde. Tomamos medidas inclusive impopulares, como o fechamento das atividades econômicas, para preservar vidas. Essa é nossa prioridade”, escreveu Lima.
⭕
Disse me disse
A afirmação da parlamentar maranhense se baseia numa acusação, sem provas, do vice-governador Carlos Almeida (sem partido), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, de que Wilson Lima e Jair Bolsonaro apostaram na imunidade de rebanho no Amazonas e foram responsáveis pela variante P.1 do coronavírus.
Siga a Direto ao Ponto:
Facebook: facebook.com/diretoaopontonews1
Instagram: @diretoaopontonews
Twitter: @diretoaoponto1_
Fale com a gente:
Rebeca a coluna no seu WhatsApp: 92 98422-0558
Redação: 92 99189-4271