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Opinião | Carreira política de Carlos Almeida acabou antes de começar

Opinião | Carreira política de Carlos Almeida acabou antes de começar

Temperamento afastou aliados do vice-governador

Defensor público tenta usar CPI da Covid para se reerguer

Proximidade com Eduardo Braga é cada dia mais forte

Interior do Amazonas não registra nenhuma morte por Covid-19 nas últimas 24 horas

Adeus precoce

O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (sem partido), é daquelas pessoas em que a convivência no dia a dia é um desafio. Quem conhece sabe que a relação com ele é sempre instável, podendo oscilar da bonança para o atrito na velocidade da luz.

O temperamento explosivo e autoritário fez sua carreira política, que teve início em 2018, entrar num estágio terminal irreversível apenas três anos depois.

Atualmente, Almeida está sumido, não dá expediente na vice-governadoria e se afastou de todos os aliados que fez durante a eleição vitoriosa para o Governo do Amazonas.

Dor de cabeça

Carlos Almeida deu os primeiros sinais de que seria uma pedra no sapato da atual gestão ainda na campanha. Teve atritos com apoiadores, e era sempre lembrado por adversários políticos por ter sido um ferrenho defensor de uma indenização de R$ 50.000,00 para as famílias dos detentos, mortos na rebelião nos presídios do Amazonas em 2017.

Na época ele era defensor público.

Homem forte e decepcionante

Por ser o vice-governador, foi colocado em papel de destaque no início da gestão, sendo secretário de Saúde e posteriormente da Casa Civil. Era o articulador político do Governo – com poder de indicar e exonerar secretários – e tinha as chaves do cofre do Estado.

Tamanha responsabilidade, no entanto, ao invés de catapultá-lo foi a derrocada de alguém que não soube lidar muito bem com o holofote do cargo.

Enrolado na Justiça

Recentemente, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) num processo envolvendo a saúde pública do Estado e, também, pelo Ministério Público Federal (MPF) por irregularidades no contrato de gestão de duas unidades de saúde em Manaus que culminaram em prejuízos ao patrimônio público de mais de R$ R$ 32 milhões.

CPI como trampolim

Mesmo “mal na foto” com a Justiça, Almeida viu na CPI da Covid no Senado – que quer passar a limpo a gestão do Governo Federal e de prefeitos e governadores durante a pandemia – uma oportunidade de, agora opositor do Governo do Amazonas, criar narrativa a fim de chamar atenção, ganhar alguns minutos de fama e sair do ostracismo.

Foi o que fez em entrevista ao jornal Folha de São Paulo na última semana, onde acusou, sem provas, seu ex-aliado, Wilson Lima (PSC) e o presidente Jair Bolsonaro (sem mandato) de terem sido os responsáveis pela variante do coronavírus encontrada em Manaus.

No entanto, a estratégia não deve funcionar. Ao contrário do que se veiculou recentemente, os senadores não têm, por ora, a intenção de convocar Carlos Almeida para prestar depoimento.

Ficela com a esquerda

Sobre a entrevista à Folha de São Paulo, o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos), fez duras críticas a Carlos Almeida e afirmou que o vice-governador tenta sair do seu ostracismo político fazendo mídia com a esquerda.

“Sem argumentos, cheio de ódio e mentiras, tenta tumultuar e fazer média com a esquerda. O que sobrou pra ele foi conspirar contra o presidente Bolsonaro e o governador”, escreveu no Twitter.

Menino de recado

Nos bastidores da política, comenta-se que Almeida está cada dia mais alinhado com o senador Eduardo Braga (MDB) e que suas as declarações recentes são fruto de uma estratégia política para desgastar tanto o Governo do Estado quanto o Governo Federal, que sabidamente são alvos do emedebista.

Alma vendida

Sem partido, sem espaço, sem voto e beirando o desespero, o vice-governador pode ser capaz de tudo para tentar se manter no poder.

Até vender sua alma.

 

 

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