Opinião | Descoberto esquema de contratação de funcionários fantasmas no gabinete da deputada Mayara Pinheiro
De Coari a Manaus, família Pinheiro segue cometendo ilícitos
MP-AM abre investigação contra deputada e fantasmas
Silas Câmara foi condenado a 12 anos de prisão pelo mesmo crime
Em apenas cinco meses, casos de dengue em Manaus superam o ano passado
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Fantasminhas
O Ministério Público do Estado (MPE-AM) abriu inquérito para investigar o suposto esquema de contratação de servidores fantasmas no gabinete da deputada estadual Dr. Mayara Pinheiro (PP).
A denúncia foi apresentada ao MP-AM pelo ex-vereador de Coari, Raione Cabral.
De acordo com a denúncia, os funcionários da deputada moram em Toronto, no Canadá e em Portugal.
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Exonerados
Rosemary Cunha Martins, ex-mulher do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e Ryan Gabriel Silva, marido de Karen Pinheiro, irmã da deputada Mayara Pinheiro (PP), foram exonerados dos cargos comissionados do gabinete da deputada.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Assembleia do Amazonas (ALE-AM). A exoneração tem efeito imediato.
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Bufunfa
Rosemary Cunha Martins e Ryan Gabriel Silva, recebiam R$ 1.777,43 e R$ 2.983,99 por mês, respectivamente.
Os “funcionários” ficaram dois meses e meio no gabinete de Mayara e receberam, sem trabalhar, um total R$ 11.903,55 nesse período.
Nas redes sociais de ambos, foi possível verificar os dois posando em fotos no exterior.
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Apuração
Em nota, a Assembleia do Amazonas afirmou que iniciou a apuração da denúncia de servidores fantasmas que moram no exterior. E que a presença de servidores lotados em gabinetes é da estrita responsabilidade dos deputados.
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Mais um pra conta
Em 2019, Mayara Pinheiro foi alvo de busca e apreensão na operação Patrinus e por pouco não foi presa.
Seu irmão, o ex-prefeito de Coari, Adail Filho e o primo, o ex-vice-prefeito Keitton Pinheiro, à época foram presos.
Eles foram acusados de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações na prefeitura de Coari, que teria desviado R$ 100 milhões, entre 2017 e 2018.
O patriarca da família dispensa comentários, já foi condenado a 57 anos e cinco meses de prisão por comandar um esquema milionário de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos na Prefeitura de Coari, Adail Pinheiro, mas com uma canetada, teve a liberdade concedida pelo TRF 1ª Região.
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Silas por um fio
Quem responde por um crime similar é o deputado federal Silas Câmara (Republicanos), por suposta apropriação de salário de servidores fantasmas em seu gabinete.
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República em 2010, que defende pena de 12 anos de prisão ao parlamentar.
A ação está no Supremo.
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Tendência é a condenação
Até o momento já votaram pela prisão de Silas os ministros Luis Roberto Barroso e Edson Fachin.
O relator, Luis Roberto Barroso, defendeu condenação por peculato e pena de cinco anos e três meses de prisão, pois Câmara ‘não simplesmente desviou valores’ como também teria montado ‘um esquema de desvio de dinheiro público destinado ao pagamento dos salários dos servidores do seu gabinete, vários dos quais pessoas simples, com pouca instrução, que acabavam ficando com quantias irrisórias ao fim de cada mês’.
O julgamento foi adiado após o pedido de vistas do ministro Kassio Nunes Marques, e pode retornar à pauta a qualquer momento.
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Dengue: um problema além do coronavírus
Não bastasse a preocupação constante com o coronavírus, o manauara agora convive com outro problema: o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Com a chegada do período de chuvas e consequentemente acúmulo de água parada, o inseto passa a se proliferar e já tem feito muitas vítimas em Manaus.
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Mais casos que em 2020
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, segundo dados da Prefeitura de Manaus, somente nos cinco primeiros meses de 2021, já foram registrados 3.081 casos, 25% mais casos do que no ano passado inteiro.
Ciente do problema, desde o mês passado a Prefeitura de Manaus tem intensificado a aplicação de inseticidas, o famoso fumacê, nos bairros da zona Oeste, Centro-Sul, Norte e Leste da capital.
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Direito de resposta do Deputado Federal Silas Câmara
O parlamentar em nota esclarece que a matéria veiculada no site Direito ao Ponto não expressa a verdade, na qual trás em seu titulo que Silas foi condenado a 12 anos. Silas diz que no curso do atual processo já foi absorvido nas esferas cível e administrativa. Silas também frisou que nunca solicitou de seu colaboradores repasses de salários ou parte dele e não pactua com tal prática. Durante seus 6 mandatos como Deputado federal seu grande compromisso é com povo do Amazonas.
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