Opinião | Esquerda em queda livre a cinco meses das eleições
Quatro meses depois da saída de Lula da prisão e a cinco meses da eleição para a prefeitura de Manaus, a esquerda no Amazonas parece estar em queda livre.
O termômetro mais recente, a pesquisa DMP/Tiradentes apontou que os quatro candidatos da esquerda, somados as intenções de voto, totalizam 12% (José Ricardo (PT) com 6%, Serafim (PSB) com 3%, Vanessa Grazziotin (PCdoB) com 2% e Hissa Abrahão (PDT) com 1%.
Nem somados os votos teriam chance de ir para o segundo turno caso a eleição fosse hoje.
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Retrospectiva
Manaus sempre teve um histórico marcado por votações expressivas em candidatos ligados a esquerda. Vejamos um quadro das últimas quatro eleições em Manaus.
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1º Turno de 2016
Nas eleições de 2016 a somatória dos votos dos candidatos de esquerda chegou a 27% (José Ricardo com 11%, Serafim com 11%, Hissa com 3% e Luiz Castro com 2%).
Nenhum deles teve voto suficiente para ir para o 2º turno. Neste ano Marcelo Ramos (PL) foi ao segundo turno, sendo derrotado pelo atual prefeito, Arthur Virgílio (PSDB), por 56% a 44%.
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1º Turno de 2012
Em 2012 a soma dos votos da esquerda no primeiro turno foi de 32% (Vanessa Grazziotin com 20% e Serafim com 12%).
Vanessa foi ao segundo turno e foi derrotada por Arthur Virgílio, por 66% a 34%.
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1º Turno de 2008
Nas eleições de 2008 a soma dos votos da esquerda no primeiro turno foi de 36% (Serafim com 23% e Praciano com 13%). Serafim foi ao segundo turno e foi derrotada por Amazonino Mendes, por 57% a 43%.
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1º Turno de 2004
Em 2004 a soma dos votos da esquerda no primeiro turno foi de 43% (Serafim com 29% e Vanessa Grazziotin com 14%).
Serafim foi ao segundo turno e derrotou Amazonino Mendes, por 52% a 48%.
Foi a primeira vez que Manaus foi governada por um partido historicamente de esquerda.
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Tendência
De 2004 para 2016, a somatória dos votos dos candidatos de esquerda caiu de 43% para 27%. Uma queda de 16%.
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Perdidinho
O principal nome da esquerda para disputar a prefeitura de Manaus, o deputado federal José Ricardo (PT), vem demonstrando falta de habilidade para pacificar o seu partido e unir a esquerda para tentar ir para o segundo turno.
Zé não fez a lição de casa, foi incapaz de intensificar e aprimorar o debate político, de buscar uma relação mais próxima com o eleitor e aliados.
Perdeu o “time” e a tendência é ver a banda passar mesmo.
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Puxão de orelha
Em entrevista ao Blog da Rosiene Carvalho, a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), disse que “tem candidato em Manaus que acha que vai ganhar sozinho no primeiro turno e isso é um equívoco”.
Para Vanessa, sem união, a oposição vai ficar de fora do segundo turno em Manaus. Vanessa não citou nome, mas estava se referindo a Zé Ricardo.
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Frente viável
Vanessa ainda afirmou que a esquerda no Amazonas irá enfrentar três maquinas, a federal, estadual e municipal, e que é preciso grandeza e maturidade para formar uma frente viável e competitiva.
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Pulando do barco
Hissa Abrahão é um que deve pular do barco com o PDT.
Segundo informações de bastidores o flerte com o PL de Alfredo Nascimento para uma composição está bem avançado.
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Maratona
Da esquerda para direita, quem circulou em Brasília por três partidos ligados ao presidente Bolsonaro, foi o presidente da Aleam, deputado Josué Neto.
Josué corre contra o tempo na decisão do partido mais viável para disputar a prefeitura de Manaus.
E ainda pode contar com um aliado de peso e números positivos puxados pelo governo federal, diga-se Suframa.
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