Opinião | Lava Jato denunciou 42 políticos, condenou 21, mas só um segue na cadeia
Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, é o único preso
STF senta em processo de Eduardo Braga na Lava Jato
Rosa Weber autoriza governador do Amazonas a não comparecer à CPI da Covid
Omar e Wilson não se falam desde a convocação do governador
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Missão quase impossível
O desmonte gradual da Operação Lava Jato pelo Poder Judiciário tornou a prisão de políticos como Lula, Dilma, Temer, Cunha, Cabral, Palocci, Geddel, Renan Calheiros e outros, um fenômeno quase impossível no Brasil.
Aquilo que muitos brasileiros chamam de “sensação de impunidade” fica cada vez mais demonstrável por números.
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Impunidade
Dos 42 políticos brasileiros denunciados pela força-tarefa desde o início da operação, há sete anos, 21 foram condenados ao menos em primeira instância, mas somente um cumpre prisão em regime fechado: o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, cujas penas já somam 342 anos.
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Facilitando
Além de tornar praticamente impossível a prisão em regime fechado de condenados da Lava Jato, a Justiça também tem liberado aqueles que cumprem pena de prisão domiciliar.
O último caso foi o do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), que teve sua prisão preventiva revogada.
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Lava Jato no Amazonas
A Laja Jato também já teve desdobramentos no Amazonas, chegando a nomes de ex-executivos da construtora Andrade Gutierrez que revelaram, em delação premiada, que pagaram propina ao ex-governador Eduardo Braga (MDB).
Braga nega qualquer envolvimento com as irregularidades na construção da Arena da Amazônia, que inicialmente estava orçada em R$ 499 milhões e foi concluída por R$ 669,5 milhões – um aumento de 34% no valor.
Em 2012, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou superfaturamento de R$ 86,5 milhões na construção.
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“Foi pro Supremo”
O senador Eduardo Braga voltou a ter o nome mencionado em outras delações da Operação Lava Jato.
O depoimento do diretor de relações institucionais e governo da holding J&F, Ricardo Saud, aponta que o parlamentar recebeu R$ 6 milhões para apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014. Braga chegou a ser intimado pela justiça para prestar depoimento no âmbito da investigação.
O processo segue em “análise” no Supremo.
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STF favorece Lula
Em novembro de 2019, o STF derrubou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. O ex-presidente Lula, que havia sido preso em abril de 2018, foi solto um dia depois da decisão.
Em abril de 2021, o STF foi mais longe: tornou Lula novamente elegível e declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
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CPI da Covid
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a não comparecer à CPI da Covid. Pela decisão, ele poderia ficar em silêncio se fosse à comissão.
A assessoria do governador afirmou, entretanto, que ele não vai comparecer.
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Inconstitucional
O depoimento de Wilson Lima, o primeiro de um governador à CPI, estava marcado para esta quinta-feira (10). O governador do Amazonas acionou o STF contra a convocação na última terça (8).
Ao acionar o STF, a defesa de Wilson Lima argumentou que a convocação de um governador é inconstitucional e viola o princípio da separação de poderes.
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Ausência
Para o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), o governador Wilson Lima (PSC) “perdeu uma oportunidade gigantesca” de explicar os acontecimentos relacionados à pandemia no estado.
Falando em Omar, ele o governador não se falam desde a convocação de Wilson para depor na CPI.
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