Opinião | Manaus precisa de ações rápidas para os vivos e não para os mortos
A “precisão” do ministro Pazuello: “A vacina vai começar no Dia D, na Hora H no Brasil”
Covid-19: Manaus é o Brasil de amanhã
David Almeida pega puxão de orelha de Pazuello
Ministro quer prefeitura usando protocolo federal e todas as UBSs fazendo diagnóstico clínico
As palavras do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, frustraram as autoridades presentes e todos amazonenses que acompanharam ontem (11) a apresentação do Plano Estratégico de Enfrentamento ao Covid-19, no Amazonas.
Pazuello foi “PRECISO”: “A vacina vai começar no “Dia D, na Hora H no Brasil”
Como Dilma, Pazuello não tem meta nem vacina, mas vai dobrar a meta e a vacina, um dia, talvez.
Dia da Frustação
A frustação foi geral em todos os estados, em especial no Amazonas, que não terá prioridade na vacina, mesmo sendo o único Estado passando por uma segunda onda, com um vírus que sofreu mutação, mais resistente e de maior grau de contaminação.
Segundo o ministro da Saúde, todos os estados receberão simultaneamente a vacina, no mesmo dia, sem definir datas.
Manaus é o Brasil de amanhã
A capital do Amazonas é o espelho da grave situação da crise de Covid no país. Os hospitais estão sem capacidade de receber pacientes e não há médicos, equipamentos e nem medicamentos suficientes para os internos.
A imunização é essencial no combate prévio ao contágio pelo Coronavírus.
Bola dentro
Apesar das críticas, Pazuello deu algumas bolas dentro. Entre as ações já realizadas estão o envio de 131 ventiladores pulmonares para o Amazonas – 78 apenas para Manaus, 1.500 cilindros de oxigênio, além de R$ 713 milhões – R$ 531 mi para o governo de Amazonas e R$ 200 mi para a prefeitura de Manaus – para o enfretamento ao Covid-19 no Amazonas.
Entre as novas ações para os próximos dias estão a reorganização do atendimento nos postos de saúde e hospitais, o recrutamento de profissionais de saúde e a abertura de leitos de UTI, além do envio de equipamentos, insumos e medicamentos.
Puxão de orelha
A Prefeitura de Manaus, sob gestão David Almeida (Avante), levou um puxão de orelha do ministro e de sua equipe, que pressionou a utilização do protocolo federal – Hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina – para tratamento precoce do coronavírus, assim como a abertura de todas as Unidades Básicas de Saúde da capital, para diagnóstico clínico.
“O que salva vida é a Unidade Básica de Saúde aberta. E aí eu vou fazer o meu primeiro embate com o David. David, todas. Todas… Todas abertas e que possam atender Covid, com triagem. Tem que poder chegar ali do lado de casa e ser atendido. Todas as UBSs tem que ter capacidade de atender e fazer o diagnóstico clínico. Não tem mais como ser diferente. Neste momento essa é a prioridade. E começa no atendimento básico”, cobrou Pazuello.
Hoje Manaus conta com apenas 21 UBSs atuando no combate ao Covid-19. E o hospital de campanha ficou só na promessa…
Sem desculpas
Pazuello aproveitou a oportunidade para contar uma história a David.
“No meu primeiro comando no Rio de Janeiro, fui cobrado por um problema e eu justifiquei afirmando que este problema havia ocorrido antes da minha gestão. O meu superior me disse: O comando é atemporal. Você responde desde o dia que o quartel foi criado há 250 anos atrás, até hoje. Você deve responder: “Este comando fez isto. Independente da época que o problema tenha ocorrido, se você está à frente do comando, você responde.” Nós sabemos que você chegou hoje, mas toda essa história da cidade, positiva ou negativa, está nas suas cosas. É duro, mas é isso aí. Tudo que foi feito nos 300 anos, é para ser administrado”, aconselhou o general.
Cemitério Vertical
Seria bom o prefeito seguir o conselho do ministro e dar prioridade para os que estão vivos. Porque o foco da prefeitura de Manaus anda maior, com todo o respeito, para com os mortos e o projeto das sepulturas verticais. Equilíbrio é tudo.
Números
Ontem Manaus registou 150 sepultamentos, elevando para 5.756 o total de mortes por Covid-19. Foram 2.151 novos casos de Covid-19, totalizando 216.112 casos da doença no estado.
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