Você está visualizando atualmente Opinião | O que as eleições para governador dizem sobre renovação

Opinião | O que as eleições para governador dizem sobre renovação

Ao contrário da Câmara dos Deputados, que teve a maior renovação em 16 anos na eleição do último domingo, com 47,3% de renovação, os governos dos estados ainda continuam nas mãos de velhos caciques da política.

Apenas quatro governadores que disputavam a reeleição perderam a disputa já no primeiro turno, fator que ocorreu em Mato Grosso, Minas Gerais, Roraima e Paraná.

Dos 12 estados com definição no primeiro turno, todos elegeram figuras políticas conhecidas. Dos 15 estados onde haverá segundo turno, metade tem governadores tentando a reeleição.

Será essa “não renovação” ocasionada ainda pelo velho peso da máquina pública?

Seria um sinal de que nos Estados a população continua conservadora ou de que a população não teve, em muitos estados, opção de renovação?

Qual sua aposta?

Novas lideranças

Partidos como o Novo, o PSC e o PSL conseguiram emplacar no segundo turno, superando a votação de políticos tradicionais, seus candidatos em Estados como Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Três deles lideram a disputa apesar de serem estreantes na política.

O que não necessariamente é ruim por conta de vícios e tantas gestões desastrosas de candidatos que se dizem experientes.

Falando em experiência, essa será a narrativa do segundo turno. Do antigo contra o novo. E a decisão está nas mãos do eleitor.

Novos vs Antigos

No Amazonas a disputa fica entre o ex-apresentador Wilson Lima (PSC) e o atual governador Amazonino Mendes (PDT), que tenta o quinto mandato.

No Rio de Janeiro o ex-delegado federal Wilson Witzel (PSC) está na frente do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).

Em Minas o empresário Romeu Zema (Novo) lidera a disputa contra o senador Antonio Anastasia (PSDB).

Em Santa Catarina o segundo turno fica entre o ex-presidente da Assembléia Legislativa, Gelson Merísio e o bombeiro militar, Comandante Moisés.

David e Omar neutros

Terceiro e quarto colocado na corrida para o governo do Amazonas, David Almeida (PSB) e Omar Aziz (PSD), anunciaram que ficarão neutros no segundo turno. Vão assistir a disputa de camarote.

Fundeb

O TRE-AM autorizou, nesta segunda-feira (8), o Governo do Amazonas a utilizar verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o pagamento de abono aos professores e pedagogos da rede estadual de ensino.

Na decisão, o juiz Bartolomeu Ferreira de Azevedo Júnior argumenta que o abono não causa desequilíbrio no pleito eleitoral, apesar do governador Amazonino Mendes (PDT) concorrer à reeleição.

Será que não causa mesmo? Deixo aqui minha humilde discordância, em um embate eleitoral tão acirrado, qualquer gesto, mesmo que pequeno, pode pesar na balança de votos.

E por falar em Amazonino…

O atual Governador declarou apoio ao candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro e prometeu à população que desta vez irá participar de todos os debates do segundo turno.

De Ciro no primeiro turno para Bolsonaro no segundo, tem um abismo de ideias. Além disso, ao que tudo indica, seu partido (PDT) deverá caminhar com Haddad no segundo turno.

Dança das cadeiras

O resultado das eleições no Amazonas causou uma dança das cadeiras na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Sete vereadores que conseguiram se eleger para deputado estadual e senador deixaram em aberto as vagas para seus suplentes.

Assim, Eloi Abreu (PHS) assumirá a vaga de Wilker, Ceará do Santa Etelvina (DEM) a vaga de Therezinha Ruiz, Amauri Colares (PRB) fica no lugar de João Luiz (PRB), Mirtes Sales (PR) na vaga de Joana D’Arc e Dr. Alonso (PTC) na cadeira que era de Felipe Souza. Todos esses suplentes já haviam passado pela CMM. Marisson Roger (PP), que ocupará o posto deixado por Álvaro Campelo (PP), é único que nunca teve mandato de vereador.

Dante (PSDB) ficará no espaço deixado pelo vereador Plínio Valério (PSDB), eleito ao Senado Federal.

Eleição pune políticos investigados na Lava Jato

Dos nove senadores investigados na Lava-jato que tentaram a reeleição neste ano, apenas três deles conseguiram a vaga. Ciro Nogueira (PP) e Humberto Costa (PT) lideraram as votações no Piuaí e em Pernambuco, respectivamente, enquanto que Renan Calheiros (MDB) ficou com a segunda vaga em Alagoas.

Outros seis medalhões do Senado ficaram de fora. Eunício Oliveira (MDB-CE) e Romero Jucá (MDB-RR) ficaram em terceiro em seus estados, perdendo, portanto, a vaga no senado. Ambos tiveram menos de 0,5% de diferença para os que conquistaram a segunda vaga.

Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Edison Lobão (MDB-MA) ocuparam a quarta posição em seus estados, enquanto Valdir Raupp (MDB-RO) ficou apenas em sexto nas eleições deste domingo.

 

 

Siga a Direto ao Ponto:

Facebook:
 facebook.com/diretoaopontonews1

Instagram: @diretoaopontonews

Twitter: @diretoaoponto1_

 

Fale com a gente:

WhatsApp: 92 984132214                                                                                                                               

E-mail: [email protected]

Deixe um comentário