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Opinião | Operação Sangria da Polícia Federal prende a cúpula da SUSAM

Opinião | Operação Sangria da Polícia Federal prende a cúpula da SUSAM

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (30), a Operação Sangria, inaugurando a fase ostensiva de inquérito policial, por meio do qual são investigados fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como peculato, organização criminosa, corrupção, fraude à licitação e desvio de recursos públicos federais.

Busca e apreensão e prisão temporárias

A ação de hoje visa cumprir mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 20 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão temporária, e conta com a cooperação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB).

Bens bloqueados

As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e incluem o bloqueio de bens no valor R$ 2,976 milhões, de 13 pessoas físicas e jurídicas, incluindo do governador Wilson Lima.

Presos

Os oito presos pela Polícia Federal foram Simone Araujo de Oliveira Papaiz, secretária estadual de Saúde; João Paulo Marques dos Santos, secretário-adjunto de Saúde; Perseverando da Trindade Garcia Filho, ex-secretário executivo adjunto de Saúde; Alcineide Figueiredo Pinheiro, ex-gerente de compras da secretaria de Saúde; Fábio José Antunes Passos, proprietário da empresa FJAP & Cia, que vendeu os respiradores para a Susam; Cristiano da Silva Cordeiro, empresário, ex-implicado na Operação Saúva e que emprestou o dinheiro para a operação; Luciane Zuffo Vargas de Andrade, dona da empresa Sonoar, que comprou e revendeu os respiradores para a FJAP; Renata de Cássia Dias Mansur Silva, sócia da Sonoar.

A PF chegou a pedir a prisão do governador, mas Falcão disse que, “ao menos neste momento”, isso não se justifica.

Covid 19

No inquérito, constam provas e indícios, revelando o desvio de recursos públicos federais, os quais eram destinados ao sistema hospitalar estadual, em razão da emergência de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.

O desvio das verbas federais mencionadas ocorreu mediante fraude na contratação de empresa para fornecimento de respiradores.

Nota – Governo do Amazonas

O Governo do Amazonas informa que aguarda informações mais detalhadas da operação que a Polícia Federal realiza em Manaus para, posteriormente, se pronunciar sobre a ação. Informa, ainda, que o governador Wilson Lima, que estava em Brasília para cumprir agenda de trabalho, está retornando para Manaus.

Entenda o caso

Os respiradores, tidos como essenciais no tratamento da pandemia de Covid-19, foram adquiridos pela Susam no começo de maio.

A empresa Sonoar comprou os equipamentos por R$ 1,091 milhão, vendeu para a FJAP & Cia. por R$ 2,480 milhões e esta vendeu para a Susam por R$ 2,976 milhões.

O negócio todo se deu em seis dias. CPI,  MPF e STJ querem detalhar lucro e responsabilidades de cada um no negócio.

Um novo nome, apontado por dois depoentes na CPI da Saúde como “muito influente na Susam” está sendo investigado.

Trata-se de Carla Pollake, uma consultora de marketing do Governo do Amazonas.

Terceiro governador

Esta é a terceira operação da PF sobre coronavírus que tem como alvo um governador de estado. Antes de Lima, Helder Barbalho, do Pará; e Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, foram alvos.

CPI da Saúde

Ontem a CPI da Saúde aprovou a convocação de Carla Pollake para prestar esclarecimentos sobre sua função na Susam e no Governo do Amazonas.

 

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