Você está visualizando atualmente TSE discute regras para inteligência artificial nas eleições municipais

TSE discute regras para inteligência artificial nas eleições municipais

TSE discute regras para inteligência artificial nas eleições municipais

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu nesta terça-feira (23), um ciclo de audiências públicas regras sobre o uso de inteligência artificial e o combate às fake news nas eleições municipais deste ano. A Corte recebeu cerca de mil propostas de aperfeiçoamento das 10 minutas de resoluções que tratam do pleito eleitoral.

Uma das minutas do TSE prevê, por exemplo, a proibição do transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) no dia das eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas posteriores. O descumprimento da proibição acarretará prisão em flagrante por porte ilegal de arma, sem prejuízo do crime eleitoral correspondente.

As minutas serão debatidas até esta quinta-feira (25). Após a análise das sugestões, a ministra Cármen Lúcia poderá apresentar nova versão dos textos, que ainda terão de ser aprovados pelo plenário da Corte.

“Nem se há de questionar o que é matéria do Congresso Nacional, de inovação legislativa, cabe ao Parlamento e não é objeto das nossas ocupações. Nós atuamos no sentido infralegal, abaixo da lei, segundo a lei e cumprindo o que o legislador estabeleceu para vigorar nessas eleições”, disse a ministra na abertura das audiências públicas.

Congresso quer votar lei sobre inteligência artificial

Além das discussões no TSE, o uso de inteligência artificial também deverá ser alvo de debate no Congresso Nacional. Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que avançará na Casa com um projeto apresentado por ele, com base em sugestões de uma comissão de juristas, em 2022.

Segundo Pacheco, o objetivo é entregar um texto que imponha “limites” à tecnologia. A declaração ocorreu durante um evento com empresários brasileiros, em Zurique, na Suíça.

“O projeto de inteligência artificial é fruto de uma comissão de juristas, que eu apresentei, está no âmbito de uma comissão especial do Senado. Deve até abril ser apreciado na comissão e no plenário. São 45 artigos basicamente, justamente para que haja um limite em relação à inteligência artificial. Não só para as eleições, que se avizinham, municipais e as outras eleições, mas para nossa convivência entre homens e mulheres, e instituições”, afirmou.

Além de Pacheco, a limitação do uso de inteligência artificial também já foi defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).  Há um entendimento das Casas de que é preciso definir regras para conter eventuais danos nas eleições municipais deste ano.

Deputados e senadores avaliam que a campanha municipal deste ano poderá ser inundada com conteúdos falsos gerados a partir de vídeos, imagens e vozes de pessoas reais — a exemplo do que ocorreu na disputa presidencial na Argentina. Lira defendeu que o projeto precisa trazer um regramento mais amplo, que não seja focado apenas na disputa eleitoral, mas que possa ser usada pelo TSE.

Fonte: O Antagonista

Deixe um comentário