Opinião | Isolado, Bolsonaro desce o tom
Jair Bolsonaro mudou o tom. Foram oito minutos de um pronunciamento sem provocações, no qual ele defendeu a manutenção de empregos, mas não desautorizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Desapareceu o estilo kamikaze do filho Carlos Bolsonaro e surgiram palavras como união e agradecimento.
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Orgulho
O presidente, no entanto, não reconhece que errou na condução da crise até aqui.
Usa um trecho do discurso do presidente da Organização Mundial da Saúde para justificar a defesa da volta das atividades.
Mas não é mais explícito quanto a isso. Ao mesmo tempo, destaca os recursos que estão sendo liberados pelo Ministério da Economia.
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Sobrevivência
Bolsonaro coloca em campo uma estratégia de sobrevivência, antes de perder o respeito da própria equipe.
Os ministros mais poderosos da Esplanada – Paulo Guedes, Sergio Moro e Tarcísio Gomes – estão sintonizados com Mandetta.
Na entrevista coletiva, Guedes chegou a afirmar: “Estamos seguindo o ministro Mandetta.”
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Urgência
Ficou claro que a espuma produzida pelos bolsonaristas mais fiéis não tem qualquer importância para os ministros da linha de frente.
Há questões muito mais urgentes, como acelerar o repasse de recursos para os trabalhadores que mais precisam.
É importante que os bilhões anunciados saiam do papel e chegue a quem mais precisa. O resto virou folclore, abafado pelo barulho cada vez mais intenso das panelas.
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Burocracia
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que a intenção era começar a pagar os R$ 600 para trabalhadores informais a partir da próxima semana.
O titular da Economia, Paulo Guedes, no entanto, lembrou que as fontes dos recursos precisam ser apontadas e cobrou que o Congresso aprove a PEC do orçamento de guerra.
“O Maia pode ajudar muito se aprovar em 24 horas uma PEC emergencial nesse sentido”, afirmou Guedes.
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“A esperança prevalece”
No meio de incerteza e medo, há boas notícias acontecendo. Em suas redes sociais o deputado federal Delegado Pablo lembrou que quase 200 mil pessoas já estão curadas em todo o mundo do coronavírus, 26 delas no Amazonas.
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Preocupação
O deputado federal Capitão Alberto Neto mostrou preocupação com a liberação de presos em todo o Brasil por conta do coronavírus.
“Em São Paulo já foram 1.300 presos soltos. Isso não pode acontecer no Amazonas.” disse Alberto afirmando que é contra a liberação de presos pela Justiça.
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Penas mais duras
Alberto apresentou um projeto que prevê o aumento de pena em dois terços para os crimes cometidos durante o período de estado de calamidade pública decorrente de epidemia ou pandemia declarada.
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Salário garantido
A Prefeitura de Manaus vai cortar R$ 500 milhões nas despesas de custeio para enfrentar os efeitos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19, o principal motivo é a queda da arrecadação, estimada em R$ 350 milhões.
“Quero tranquilizar os nossos servidores, os salários dos próximos meses e a primeira parcela do décimo estão garantidos”, afirmou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.
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