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Fiocruz Amazônia aponta três linhagens diferentes do coronavírus no AM

Fiocruz Amazônia aponta três linhagens diferentes do coronavírus no AM

Um estudo realizado pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) apontou que, pelo menos, três linhagens do novo coronavírus estão circulando no Amazonas. O levantamento mostra que algumas mutações nessas linhagens fizeram o vírus se espalhar mais rápido no Amazonas, que já registra casos da doença em todos os municípios.

Até esta terça-feira (7), o Amazonas possui mais de 79,1 mil casos confirmados do novo coronavírus, sendo mais de 50 mil no interior e mais de 29 mil na capital, de acordo com boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM).

O vírus já atingiu 100% dos municípios do Amazonas e, segundo a pesquisa, entrou três vezes diferentes no estado, representado pelas linhagens. O pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, disse ao G1 que a descoberta ajuda a criar estratégias no combate à disseminação do vírus, pois saber de onde se origina e como ele se espalhou possibilita uma dimensão mais ampla.

“É importante saber por onde o vírus entrou, como está circulando e como ele está se propagando, mesmo nos municípios mais distantes de Manaus. O vírus chegou nesses lugares, com mais de uma linhagem”, disse.

A pesquisa investiga amostras em Manaus e em outros oito municípios: Manacapuru, Autazes, Careiro, Manaquiri, Santa Isabel do Rio Negro, Tabatinga, Santo Antônio do Içá e Manicoré. As linhagens analisadas são originárias de quatro países: Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Espanha.

Em Manaus, foram identificadas as três linhagens do vírus. Em Manacapuru, Manaquiri e Manicoré, a pesquisa encontrou duas linhagens em circulação. Nos outros municípios, uma linhagem do vírus foi identificada. Conforme o pesquisador, ainda não há informações sobre sintomas diferentes da doença nessas linhagens.

“Encontrar as diferentes linhagens do vírus significa dizer que aconteceram pelo menos três introduções do vírus, pelo menos um em cada linhagem”, explicou.

As amostras foram analisadas por programas de informática que identificam as linhagens e ajudam a fazer a caracterização genética desse vírus. Foram sequenciados 37 genomas do novo coronavírus durante o estudo. Segundo Naveca, diante da escassez de informações sobre o vírus, essa caracterização contribui para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra o vírus.

Além disso, os genomas identificados no Amazonas poderão ser comparados a outros que circulam no Brasil e no mundo. Diante do avanço da pandemia do coronavírus, a pesquisa busca traçar as rotas de infecção e entender como o vírus tem se espalhado, para estabelecer medidas que contenham a transmissão da doença.

Fonte: G1

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