Você está visualizando atualmente Opinião | Presidente eleita do TCE-AM denuncia agressão de conselheiro Ari Moutinho: “fui chamada de safada, puta e vadia”

Opinião | Presidente eleita do TCE-AM denuncia agressão de conselheiro Ari Moutinho: “fui chamada de safada, puta e vadia”

Opinião | Presidente eleita do TCE-AM denuncia agressão de conselheiro Ari Moutinho: “fui chamada de safada, puta e vadia”

Ari Moutinho para Yara Lins: “Vou te fuder no PGR e STJ”

Conselheira afirma ainda que Ari Montinho a ameaçou e disse que tem influência na justiça e com a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo

Conselheiro indicado por Eduardo Braga para o TCE-AM será investigado por injúria, tráfico de influência e ameaça

Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas recebe denuncia

Movimentos para afastamento e impeachment de Ari Moutinho começam a ganhar força

Caso de agressão a conselheira ganha repercussão nacional

Alexandre de Moraes recebe caso de assédio e ameaça contra presidente do TCE-AM Yara Lins

Denúncia foi entregue pessoalmente pela senadora Soraya Thronicke

Denuncia

A presidente eleita do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins dos Santos, apresentou denúncia contra o conselheiro Ari Moutinho.

Ela afirma ter sido alvo de xingamentos e ameaças do colega na última terça-feira (3), momentos antes de vencer a eleição para a presidência do TCE-AM.

Agressão

“Não está aqui a conselheira, está aqui uma mulher que foi covardemente agredida no Tribunal de Contas, dentro do plenário antes da eleição, para me desestabilizar. Eu fui cumprimentar o conselheiro Ari e disse ‘bom dia’, e ele disse ‘bom dia nada, safada, puta, vadia. E ameaçou a conselheira dizendo que ia “f*der” a carreira dela por ter influência na Procuradoria Geral da República (PGR) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na posse do TCE-AM

Nas filmagens, é possível ver o conselheiro Ari Moutinho passando a mão no rosto de Yara, que ao retribuir o gesto é chamada de “vadia”.

De acordo com a presidente, o trecho filmado aconteceu logo após ela ter sido xingada e ameaçada.

Vídeo

“O vídeo mostra que, depois que fui agredida, eu fiquei paralisada e passei a mão no rosto dele e disse: ‘Você é um infeliz, por isso que sofre tanto’.

E ele, sarcasticamente, tentou pegar meu rosto e jogou beijo para mim”, revelou Yara Lins durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas.

A conselheira apresentou uma denúncia contra Ari Montinho por injúria, tráfico de influência e ameaça.

“Aborrecido”

Yara explicou que o conselheiro Ari Moutinho era um dos postulantes à presidente do TCE-AM na eleição da semana passada, e teria chegado “aborrecido” na sessão por suposta dificuldade para se eleger.

Segundo ela, as agressões teriam ocorrido logo antes da votação, quando foi cumprimentar o colega.

Ari Moutinho

Ari Moutinho foi indicado para a corte de contas em 2008, pelo então governador Eduardo Braga (MDB), hoje senador do Amazonas.

Conselheira da carreira, Yara ocupa uma cadeira no tribunal desde 1989, atuando dentro da área de auditoria e afirmou que, em mais de 40 anos no órgão, nunca viveu situação similar.

Tráfico de influência

Citada por Yara, Lindôra Maria Araújo é subprocuradora-geral da República que reassumiu no dia 15 de setembro, a função de vice-procuradora-geral da República.

Ela Lindôra é a mesma subprocuradora que votou favoravelmente a Ari Moutinho em um processo absolveu o conselheiro, alvo de duas ações por xingamentos e críticas feitas a gestão do governador, Wilson Lima, durante audiência pública sobre a prestação de serviço do gás natural no Amazonas, em junho de 2020. 

Procuradoria Especial da Mulher

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) recebeu a denúncia e irá apurar o caso.

“Apoio a conselheira”

A presidente, deputada estadual Alessandra Campêlo, afirmou que a procuradoria da mulher vai apuração as denúncias de agressões machistas contra a conselheira Yara Lins.

“Estamos dando apoio à conselheira e vamos acompanhar mais esse caso. No Brasil, as mulheres, inclusive as que ocupam cargos de chefia, também são vítimas assédio, discriminação e machismo. Diga não a todas as formas de violência contra as mulheres.”, disse a deputada em suas redes sociais.

Impeachment de Ari

Nos bastidores existem movimentos para pedir o impeachment do conselheiro Ari Moutinho do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).

Ari tem uma ficha corrida de agressões e transgressões contra membros do TCE, políticos e pessoas comuns, que deverão impor um freio no conselheiro indicado pelo senador Eduardo Braga.

Repercussão nacional

O caso ganhou repercussão nacional e tomou as páginas dos principais veículos de comunicação do Brasil, além das redes sociais e muitas pessoas, inclusive influenciadores digitais e lideranças civis que combatem a violência contra a mulher, manifestaram indignação cobrando inclusive apuração e investigação do conselheiro Ari Moutinho.

Gravidade

O caso de assédio moral chegou ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que recebeu a denúncia feita pela senadora Soaya Thronicke (Podemos-MT) por meio de suas redes sociais.

Soraya Thronicke destacou que levou o caso a Moraes e ressaltou a gravidade do assédio moral e das ameaças enfrentadas pela presidente do TCE-AM.

“Dá cadeia”

“Na visita desta semana ao Ministro Alexandre de Moraes levamos também o caso da Presidente do TCE-AM, Yara Lins. A violência política de gênero é hoje ação penal pública incondicionada à representação e SIM, dá cadeia! O Ministro está muito sensibilizado com o avanço dessa espécie de crime”, disse a Senadora.

Sensibilizado Segundo a senadora, o ministro ficou sensibilizado com a gravidade do caso e demonstrou preocupação com a situação de violência institucional relatada por Yara Lins. Durante a entrega da denúncia, o Ministro ressaltou a importância de combater o assédio moral e assegurar a integridade e dignidade das mulheres em cargos.

“Retaliação”

Após a repercussão do caso, o conselheiro Ari Moutinho se pronunciou sobre o ocorrido e classificou os comentários da presidente do TCE-AM como forma de retaliação, devido ao processo eleitoral do Tribunal.

“Só posso atribuir tudo isso a uma tentativa de me punir injustamente pelo simples fato de ter me utilizado de meu direito de anular meu voto durante as eleições para a direção do TCE”, diz um trecho da nota.

Ari Moutinho ainda destacou que vai acionar a Justiça para “tomar as medidas judiciais cabíveis”.

Siga a Direto ao Ponto:

Facebook: facebook.com/diretoaopontonews1

Instagram: @diretoaopontonews

Twitter: @diretoaoponto1_

Fale com a gente:

Receba a coluna no seu WhatsApp: 92 98422-0558

Redação: 92 99189-4271

Editor-chefe: 92 99109-1099

Deixe um comentário