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Estudo identifica que variante encontrada no AM pode escapar de imunidade anterior 

Estudo identifica que variante encontrada no AM pode escapar de imunidade anterior

Um estudo científico publicado nesta quarta-feira (14) na revista Science traz algumas novidades acerca da variante do coronavírus identificada no Amazonas no fim do ano passado. Uma delas é a estimativa de escape dos anticorpos gerados por pessoas que já haviam tido Covid-19.

Os autores do artigo calcularam que existe uma probabilidade entre 21% e 46% de a cepa P.1 conseguir se instalar no organismo de quem já havia sido infectado por uma variante anterior, o que evidencia o risco de reinfecção. “A P.1 pode ser entre 1,7 vez e 2,4 vezes mais transmissível do que as linhagens não P.1 locais e pode escapar de 21% a 46% da imunidade protetora induzida por infecção anterior com linhagens não-P.1, correspondendo de 54% a 79% de imunidade cruzada”, explicam os pesquisadores.

Os cientistas citam a diminuição da imunidade natural da população de Manaus em novembro de 2020, cerca de seis meses após o primeiro pico da pandemia no Estado. Mas acrescentam que essa queda dos anticorpos “por si só não é capaz de explicar a dinâmica observada” na cidade.

A maior transmissibilidade da P.1 é atribuída a um trio de mutações na proteína spike (por onde o coronavírus se liga aos receptores de células humanas).

Os autores chamam atenção para o fato de as mutações também estarem presentes na cepa B.1.351, identificada no ano passado na África do Sul. “O surgimento independente da mesma constelação de mutações em linhagens geograficamente distintas indica um processo de adaptação molecular convergente”, anotam.

Inicialmente, também foi sugerido que a P.1 poderia ter uma carga viral até dez vezes mais elevada do que na infecção por cepas tradicionais.

Eles também recomendam um aumento da vigilância genômica — única forma de identificar rapidamente novas cepas — e de testes para saber o desempenho contra a P.1. das vacinas já em uso.

Fonte: Correio do Povo

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